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Pai vê os 4 filhos morrerem afogados: “Não pude fazer nada”

Por Reginaldo Spínola
O pai dos quatro adolescentes que
morreram afogados na Cachoeira do Cravo, que fica entre São Mateus e Nova
Venécia, na região Norte do Espírito Santo, disse que a família brincava dentro
da água no momento em que os afogamentos aconteceram. 
O lavrador José Nilton de
Jesus Ribeiro, de 42 anos, contou que apenas a esposa conseguiu se salvar. “Vi
meus filhos morrerem e não pude fazer nada”, disse.

Segundo testemunhas, Josias Gomes
Ribeiro, de 18 anos; Geisiane Gomes Ribeiro, 17 anos; Elias Gomes Ribeiro, de
15 anos e Clarice Gomes Ribeiro, de 13 anos, gritavam por socorro no local. Os
banhistas que estavam na cachoeira tentaram resgatá-los, mas só conseguiram
tirar a mãe com uma vara de pescar.
José Nilton contou que ele, a
mulher e os quatro filhos estavam na água. “Começamos a brincar de pique pega,
aí entraram num lugar que não dava pé e um foi tentando se segurar no outro.
Eles estavam brincando ‘quem chegar perto do meu pai primeiro, ganha’. Depois a
mãe disse ‘agora é comigo’. Só que ela estava um pouquinho mais afastada.
Quando bateram nela, jogou ela mais para o fundo e não deu pé para os meninos.
Aí, começou a se afogar todo mundo. Eu ainda tentei tirar as crianças, mas
comecei a me afogar. Aí consegui sair e gritei por socorro”, afirmou o
lavrador.
Segundo ele, apenas a mulher
sabia nadar. “Foi tudo muito rápido. O mais velho (filho) falou que estava
fundo e agarrou na mãe dele. A minha mulher desmaiou e boiou, e a gente
conseguiu tirar ela. O rapaz a puxou pelo cabelo com uma vara de pescar. Aí eu
a segurei de um lado e ele do outro. Ela está em estado de choque”, contou.
José Nilton esteve no Serviço
Médico Legal de Linhares na manhã deste domingo, 25 de janeiro, para liberar os
corpos dos filhos. Ele contou que a família costumava frequentar o local todos
os finais de semana. “Moramos no Km 41, distrito de Nestor Gomes, em São
Mateus, perto da igreja católica. O bairro inteiro está chocado. Quase todo
final de semana a gente ia para lá. A gente sempre ia de manhã e voltava à
tarde. Ontem, chegamos era mais ou menos 15 horas e logo depois, coisa de meia
hora, aconteceu o que aconteceu”, completou.
G1
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1 Comentário

Anônimo 27 de janeiro de 2015 - 16:53

Deus conforte o coração desse pai e dessa mãe amém

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