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8 remédios que parecem inofensivos mas que podem fazer mal

Por Reginaldo Spínola
“O uso exagerado de qualquer
medicamento pode levar a riscos”, afirma Amouni Mourad. A cientista é
assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo. Em entrevista
a Exame.com, ela falou sobre alguns remédios que, embora sejam benéficos quando
usados corretamente, podem fazer mal ao paciente em determinadas
circunstâncias.
Antibióticos: “O grande
problema no uso de antibióticos é a utilização não só na dose correta como no
período correto”, afirma Amouni. Quando isso não acontece, o antibiótico
mata apenas as bactérias mais fracas. As mais resistentes sobrevivem e
proliferam. O resultado é que o tratamento da infecção passa a exigir remédios
mais caros, mais tóxicos e que precisam ser tomados por mais tempo.
Paracetamol: Tomar paracetamol
diariamente por vários anos pode ter consequências ruins para a saúde. Pelo
menos, é o que aponta um estudo da universidade inglesa de Leeds. De acordo com
o trabalho, a ingestão exagerada do medicamento pode causar problemas cardíacos,
renais e intestinais. O medicamento é um dos analgésicos mais usados no
tratamento de dores e febre.

Antigripais: Quem toma remédios
por conta de hipertensão deve ter atenção na hora de comprar medicamentos
contra gripe. De acordo com Amouni, a presença de anti-inflamatórios não
esteroidais na composição de antigripais pode diminuir a ação dos
anti-hipertensivos.
Anticoncepcionais: A ingestão
exagerada de pílulas anticoncepcionais pode causar trombose. A doença é
caracterizada pela coagulação do sangue dentro de vasos sanguíneos, que pode
ser fatal. “A condição de risco de eventos trombóticos é maior durante o
primeiro ano de uso da pílula anticoncepcional”, explica Amouni. Segundo
ela, fatores como ser obesa ou fumante elevam o risco de ocorrência de trombose.
Dipirona: Usada no combate a
cólicas e febres, a dipirona pode ter efeitos colaterais ruins. De acordo com
Amouni, a ingestão exagerada do remédio pode causar tremores, náuseas e reações
alérgicas – como a asma. Além disso, a dipirona pode causar agranulocitose,
doença caracterizada por uma grande redução no sangue do número de glóbulos
brancos (células responsáveis pelo combate a infecções bacterianas) e que pode
ser fatal.
Dorflex: Um levantamento
realizado em 2013 pela consultoria IMS Health apontava o Dorflex como o remédio
mais vendido do Brasil. Ele é indicado para dores — especialmente dores
musculares. O medicamento contém o analgésico dipirona, o relaxante muscular
orfenadrina e cafeína, que age como estimulante. Na bula, alterações do ritmo
cardíaco, enjoos e reações alérgicas são alguns dos possíveis efeitos
colaterais atribuídos ao remédio.
Vitamina D: A vitamina D é um
nutriente que ajuda na formação dos ossos e no equilíbrio dos níveis de cálcio
no organismo. Porém, quando ingerida em doses diárias superiores a 50
miligramas, ela se torna tóxica. “Os primeiros sintomas de intoxicação com
vitamina D são perda do apetite, náuseas e vómitos, seguidos por sede
excessiva, aumento da emissão de urina, fraqueza, nervosismo e hipertensão arterial”,
afirma Amouni.
Sibutramina: Indicada para tratamento
da obesidade, a sibutramina é popular entre pessoas que querem perder peso. Mas
seu uso indiscriminado pode ser nocivo. De acordo com a bula, a sibutramina
pode causar aceleração dos batimentos cardíacos, náuseas e até delírios nas
quatro primeiras semanas de uso. Dor de cabeça e tontura também são observadas
em alguns casos..
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