Início Bahia Estudantes baianas descobrem que extrato da erva-cidreira pode matar larvas do Aedes aegypti

Estudantes baianas descobrem que extrato da erva-cidreira pode matar larvas do Aedes aegypti

Por Reginaldo Spínola

Duas estudantes do município de Santa Maria da Vitória, no oeste baiano, descobriram outra utilidade importante para a erva-cidreira, bastante  conhecida pelas propriedades calmantes, combater as larvas do mosquito Aedes aegypti.

Júlia Fagundes e Sandy Marques, de 17 anos, descobriram durante um pesquisa em sala de aula que a Lippia alba, a erva-cidreira brasileira, pode matar a larva do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

De acordo com a pesquisa, o óleo essencial da Lippia alba – onde se encontram as propriedades larvicidas – é de fácil extração, tornando a técnica barata e acessível. Para extrair o óleo essencial do material vegetal, as estudantes construíram um destilador simples, com a utilização de materiais reciclados.

O projeto ‘A propriedade larvicida do óleo essencial da erva-cidreira brasileira’ foi selecionado para a 15ª edição da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), que acontece entre os dias 20 e 27 de março, na Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo). A descoberta das baianas está entre os seis projetos da rede estadual que serão apresentados no evento, destacando as experiências desenvolvidas no âmbito do projeto Ciência na Escola, da Secretaria da Educação do Estado da Bahia.

Júlia explicou que ela e a amiga desenvolveram “uma pesquisa sobre plantas existentes em Santa Maria da Vitória, como a erva-cidreira, o manjericão e a arruda, e, através dos óleos essenciais retirados destas espécies, fizemos testes com as larvas do A. aegypti. Comprovando, por fim, que a folha da erva-cidreira contém propriedades larvicidas, promovendo assim meios mais naturais de combatê-las.

Com os testes realizados, a partir desta tecnologia social, as estudantes concluíram que a propriedade larvicida presente no óleo essencial da erva-cidreira brasileira apresenta-se mais eficaz que o larvicida artificial.

Sandy Marque comemorou o reconhecimento nacional do projeto de iniciação científica e falou sobre as expectativas para a participação na Febrace.

— Com este trabalho, passei a ter um olhar mais apurado para as Ciências, para a pesquisa. Não esperava que iríamos tão longe, porque trabalhos do país inteiro foram observados, embora o nosso tenha abordado um problema. //R7

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