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Diácono Diego Reis será ordenado padre e celebrará sua primeira missa em Itambé

Por Reginaldo Spínola

Após participar do retiro presbiteral entre os dias 19 e 22 de maio no Mosteiro de São Bento em Salvador, na próxima sexta-feira (26) o diácono itambeense, Diego Oliveira Reis, receberá sua Ordenação Presbiteral. A celebração solene está marcada para as 19h na Igreja Matriz de Santa Lúcia, no município de Eunápolis.

A programação da Ordenação Presbiteral segue no domingo (28), quando a comunidade católica itambeense estará recebendo, a partir das 17h, o novo padre na entrada da cidade, em frente ao monumento da Porta Santa, de onde todos seguirão em carreata.

Após a mobilização, a partir das 18h, o neossacerdote estará celebrando a sua primeira Missa na Igreja Matriz de São Sebastião. De acordo com os ritos tradicionais católicos, na primeira missa de um neossacerdote a Igreja concede a indulgência plenária para todos os fieis que participarem com profunda piedade e devoção. Veja a programação:

Conheça a trajetória de vida de Diego Reis

Nascido em Itapetinga-Bahia, no dia 16 de julho de 1987, Festa de Nossa Senhora do Carmo, o Pe. Diego Oliveira Reis – FFL é filho do padeiro João Batista Porto dos Reis e da dona de casa Vitória Rosa de Oliveira Reis. Seus pais são, sem dúvida, o seu maior tesouro nesta vida, já que como sempre afirma: “com eles aprendi a ser bom e correto”. Tem por irmã, Jamili de Oliveira Reis a quem muito deve o companheirismo de toda vida, e por sobrinho Ryan de Oliveira dos Santos, para o qual dedica um amor quase paternal.

Foi batizado aos 10 de janeiro de 1988 na Matriz de São Sebastião de Itambé-Bahia pelas mãos do Pe. Geraldino Rosa de Oliveira. Em 1991 com quatro anos de idade, inicia seus estudos no Educandário Cristo Rei.

Cresceu na conhecida “Rua da Barroca”, vendo da janela de casa, a Matriz de São Sebastião. Vê-la aberta, tocando o sino e recebendo fiéis para suas celebrações, foram cenas que nunca saíram de seus olhos. Com as rezas e benditos de seu avô Nemesio aprendeu a amar e a participar assiduamente da Missa e dos encontros da Comunidade São Pedro.

Em 1995, com 8 anos de idade, durante o Quinzenário Paroquial em comemoração dos 60 anos da Paróquia, ficou maravilhado com a beleza da Igreja Católica, ao participar da visita de Nossa Senhora das Vitórias à cidade e ao acompanhar o desfile dos 60 santos e dos estandartes das CEBs. Em casa passava horas a fio, desenhando cada um dos santos das comunidades em cadernos que usava mais que seus brinquedos.

Ingressou na catequese da Comunidade São Pedro em 1997 para iniciar a preparação para a 1ª Eucaristia tendo por catequista Joana Angelis. Esta também coordenava um grupo de crianças chamado “Amiguinhos do Sagrado Coração de Jesus” e foi nesse tempo que começou a fazer parte do coral de crianças, da Legião de Maria e do Grupo de coroinhas.

Em 1998, faz sua 1ª Comunhão na Solenidade de Corpus Christi. Foi um dia muito especial para si, pois desde bem pequeno mal esperava o dia em que iria receber Jesus em seu coração.

No ano seguinte aos 11 anos, ingressa na 5ª série do Centro Educacional Gilberto Viana. Lá sua vocação começa a nascer e o menino pacato e mais reservado, passa a ser mais comunicativo e dinâmico. Começa então a frequentar os grupos da Infância Missionária e dos Vocacionados, onde sob o incentivo de vários amigos, sente o primeiro chamado à vocação sacerdotal.

Ao procurar o Pe. Antônio Polito para que o ajudasse a melhor discernir sua vocação, este propõe encontros vocacionais mensais consigo e com Murilo, seu amigo e com quem gostava de “celebrar missinhas” em sua casa.

No ano 2000, recebe o convite para ingressar no Grupo Gênesis de teatro onde aprendeu noções belíssimas sobre arte, ornamentação, canto, dança, trabalhos manuais e artesanais. Não demorou muito, começou a frequentar os encontros da então Comunidade Filhos da Luz que o Pároco Pe. Juracy Marden havia fundado em fevereiro. E nesse mesmo ano também é que conhece o vocacionado Fernando Prates que mais tarde viria a ser seu grande irmão de caminhada e missão.

Passando a frequentar mais a casa do Fundador (Sede da Comunidade na época), este ao saber de sua vocação, começou a acompanhá-lo mais de perto, oferecendo-lhe livros para ler e dando instruções e aconselhamentos. Após dois anos de caminhada, aos 05 de outubro de 2002 tendo apenas 15 anos, é convidado a fazer comunidade de vida, ou seja, residir como vocacionado interno da fraternidade.

Foi uma novidade muito impactante para si e sua família. Nunca tinha saído de perto dos pais e a partir daquele momento teria que mudar de casa e de convivência. Não foi nada fácil. Por isso, após alguns meses de adaptação, depois de sua Crisma (03 de novembro), os formadores entenderam que precisava amadurecer mais na caminhada e lhe pediram para retornar para casa. Porém apesar da saída, sempre se manteve confiante na vocação.

Durante o tempo em que esteve com seus pais, se dedicou à missão junto aos grupos que participava na Igreja. Ao completar 18 anos retorna à casa religiosa e, dessa vez, mais maduro e experiente do ponto de vista da convivência. A questão agora era seu futuro! Como todo jovem, começa a angustiar-se com os rumos e direções de sua vida e após um tempo de discernimento recebe dos superiores, pela segunda vez, a orientação de voltar para casa, a fim de refletir e viver novas experiências.

Após concluir o Ensino Médio em 2006, passa a trabalhar como professor de reforço escolar e em seguida na coordenação de um projeto municipal para jovens. Em 2008, presta vestibular para História na UESB de Vitória da Conquista, obtendo aprovação, mas desistindo de cursar, pois também havia conseguido uma bolsa para cursar Teologia no Instituto Pio XI em São Paulo.

Foi nesse momento que sua vocação voltou a dar sinais de que estava acesa dentro de si. Com a ida para São Paulo, convivendo com seminaristas e padres, pôde discernir melhor qual seria o seu caminho. E depois de muitas reflexões e de muita oração, decide deixar a faculdade e começar tudo de novo em Itambé. Ao chegar, se oferece para ajudar pessoalmente o Pe. Juracy Marden, que havia sido diagnosticado gravemente de uma enfermidade. Este lhe fez a proposta de contratação para ser seu secretário pessoal.

Com esse trabalho, teve a chance de desenvolver diversos projetos na Paróquia e na Comunidade Filhos da Luz. No segundo semestre de 2010, prestando vestibular para Filosofia na UESB, obteve novamente aprovação, passando a estudar a noite, indo e vindo todos os dias.

Em 2011 decide que, mesmo não morando no seminário, iria dar seguimento aos estudos para o sacerdócio, como forma de ir discernindo, mas sem a publicização de ser padre. Presta então, vestibular para a Teologia no Centro Universitário Claretiano, obtendo bolsa integral.

Trabalhou como secretário pessoal do padre durante três anos, sendo a ele muito agradecido por tudo que aprendeu e pelas oportunidades recebidas. Em março de 2012, é aprovado para auxiliar administrativo pelo REDA da Secretaria da Educação do Estado e começa a trabalhar no CEGV. Em julho, na festa de seu aniversário de 25 anos tem a alegria de se tornar amigo de Elis Ney, sua melhor amiga-irmã, reconhecidamente um presente de Deus para si como sempre diz. Nesse mesmo mês ainda, inicia um curso de Psicanálise clínica em Vitória da Conquista.

Em 2013, considerando sua vocação mais sólida e firme, o Pe. Juracy Marden lhe convida a voltar, dizendo que mais do que nunca as portas do seminário estavam abertas para si. Assim, no dia 03 de março, retorna à comunidade de vida da Fraternidade Filhos da Luz e no ano seguinte conclui simultaneamente, os cursos de filosofia, teologia e psicanálise para se preparar para o estágio pastoral.

Aos 26 de abril 2015, parte em missão para a Diocese de Eunápolis junto com o Ir. Paulo Moreira, a fim de auxiliar o então Diác. Fernando Prates – FFL na Quase-Paróquia Menino Jesus do Alecrim I. Em setembro é aprovado novamente no REDA da Secretaria de Educação do Estado e passa a dar aulas no CETEP da Costa do Descobrimento para auxiliar nos gastos da Casa de Missão. No Natal desse mesmo ano é instituído Leitor e Acólito pelo Bispo Diocesano Dom José Edson Santana Oliveira.

Em 2016, após um ano de estágio nas Paróquias Menino Jesus e Santa Lúcia, no dia 05 de outubro (a exatos 14 anos de sua primeira entrada na comunidade de Vida em Itambé), em presença de todo o clero reunido em retiro, o Bispo Diocesano anuncia sua ordenação diaconal. De 14 a 18 de novembro, faz seu retiro espiritual na Casa Geral do Instituto Missionário Servos do Senhor em Eunápolis e no dia 24 faz a profissão de fé, o compromisso de celibato e a declaração de instrução e deveres da ordem sacra.

Em 13 de dezembro do mesmo ano, Memória de Santa Luzia, é ordenado Diácono da Igreja em presença de familiares, amigos e de numerosa assembleia na Matriz de Santa Lúcia em Eunápolis, pelas mãos de Dom José Edson.

Em 2017, para Glória de Deus e após cinco meses de serviço e exercício do diaconato junto ao povo de Deus, aos 17 de abril, Dom José Edson anuncia sua ordenação presbiteral. De 19 a 22 de maio faz seu retiro espiritual no Mosteiro de São Bento em Salvador-Bahia e aos 26 de maio, memória de São Filipe Néri, é ordenado presbítero na Matriz de Santa Lúcia em Eunápolis, em presença de familiares e numerosa assembleia, assumindo o lema: “RECORDATUS MISERICORDIAE SUAE” (Lembrado de Sua Misericórdia) do capítulo I versículo 54 do Evangelho de São Lucas.

No domingo dia 28, Solenidade da Ascenção do Senhor, é recebido em Itambé sua terra, com uma grande carreata pelas ruas da cidade em direção a Comunidade São Pedro e em seguida, para a Matriz de São Sebastião onde celebra sua 1ª Missa às 18h em clima de festa e homenagens.

Como se pode ver não dá para falar da história do Pe. Diego sem falar da Igreja de Itambé. Nela, ele descobriu que todas as experiências são aprendizados. Por isso, essas pequenas letras foram para resumir alguns dos muitos aprendizados que o ajudaram a constituir o sacerdote que hoje é:

“Passado. Aquilo que já se foi, mas persiste em estar presente nas lembranças guardadas em nossa mente, desde a mais remota infância. Época que desperta saudades, de poder reviver detalhes, encontros e casualidades de grande felicidade. Para outros, que a borracha apague as tristezas e frustrações que esse tempo produziu, mas, por favor, eu peço, não permita que se esqueçam das lições que ele deixou. Passado, são raízes fincadas no da existência, espaço livre e inabalável para quem nasceu, cresceu e alegria ofereceu. Não fosse o passado eu jamais seria, não fosse ele eu jamais teria, do que falar, do que sentir e do que compartilhar. Meu passado, minha escola, meu mestre e minha história”. (Gilberto F. Coelho)

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