Início Brasil Brasil: Bebê de 10 meses é torturado e está entre a vida e a morte; pai e madrasta são presos

Brasil: Bebê de 10 meses é torturado e está entre a vida e a morte; pai e madrasta são presos

Por Reginaldo Spínola

Dois suspeitos de um caso de tortura contra um bebê foram presos no último sábado (21) em Ponta Grossa/PR. A menina de apenas 10 meses está internada em estado gravíssimo no Hospital Infantil Waldemar Monastier em Campo Largo.

O pai e a madrasta da criança foram detidos e permaneceram em silêncio, sem responder as perguntas no interrogatório inicial. A criança está com grave sangramento interno decorrente de uma fratura no crânio, podendo vir a óbito a qualquer momento.

Denúncia

A delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), Ana Paula Cunha, é uma das responsáveis pelas investigações do caso. A denúncia foi recebida na última quinta-feira (19) pelo Ministério Público, após um médico que atendeu a criança revelar os possíveis maus tratos.

Na sequência, o Nucria solicitou informações sobre o incidente e verificou que o bebê já estava internado há uma semana com grande risco de óbito. Por necessitar de atendimento em UTI, a vítima foi transportada com urgência para Campo Largo, onde foi internada.

A criança está com hematomas espalhados pelo corpo, queimaduras no pé e uma fratura no crânio que causou um sangramento e diversas convulsões. Segundo Ana Paula, o sangramento é tão grave que impede a possibilidade de um exame de imagem.

O mandato de prisão preventiva dos suspeitos foi expedido na última sexta-feira (20) e cumprido no dia seguinte. O casal está preso na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa.

A delegada reforça o fato de que não viu muita preocupação nos dois quanto ao estado grave da criança, o que reforçou a suspeita dos órgãos de segurança sobre a participação do pai e da madrasta no crime.

Cunha atesta que no dia em que o mandato foi expedido, os dois não foram visitar a criança. Nenhum parente esteve no hospital no período, pois segundo informações dos familiares, o homem suspeito dizia que as visitas estavam restritas aos pais da criança, fato que foi desmentido posteriormente pelos médicos da instituição.

Próximos passos

A delegada conta que, em um primeiro momento, o crime seria classificado apenas como maus tratos. Porém, com a gravidade do caso, o incidente foi registrado como uma tortura que poderá ser agravada em caso de óbito. Se o casal suspeito for condenado e o bebê conseguir sobreviver, a pena será de 4 a 10 anos por lesão gravíssima. Mas, se a situação se agravar e a criança morrer, a condenação passará a ser de 8 a 16 anos de prisão. //A rede – imagem ilustrativa

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