Início Bahia Dono de caiaque e funcionário são denunciados por homicídio por afogamento de garoto em Juazeiro

Dono de caiaque e funcionário são denunciados por homicídio por afogamento de garoto em Juazeiro

Por Reginaldo Spínola

 

Diogo Lira Ferreira, de 16 anos, passeava com um primo e dois amigos, em um trecho do Rio São Francisco, em Juazeiro, quando foi obrigado a sair de embarcação e não conseguiu nadar…

 

O dono da empresa Caiaques do Vale e um funcionário, envolvidos no afogamento do adolescente Diogo Lira Ferreira, de 16 anos, na cidade de Juazeiro, no norte da Bahia, foram denunciados pelo Ministério Público do estado (MP-BA) por homicídio qualificado, nesta quinta-feira (11).

Segundo o MP, a denúncia foi feita pelo promotor de Justiça Raimundo Moinhos. O dono da empresa foi identificado como Eduardo Jorge Meireles da Cunha e o funcionário dele como Ramon Neto Costa.

Diogo Lira morreu no feriado do dia 7 de setembro deste ano, quando passeava com um primo e dois amigos, em um trecho do Rio São Francisco. O grupo estava em um dos caiaques alugados pela empresa, que atua na região.

De acordo com o MP, o promotor aponta que Diogo tinha contratado o serviço por 1h e, após passar o tempo, Eduardo Jorge teria determinado que Ramon utilizasse outro embarcação para “ir até os adolescentes e tomar os coletes e o caiaque”.

Na denúncia, conforme o MP, o promotor Raimundo Moinhos destacou que a vítima foi abordada “de surpresa, no meio do rio”, o que impossibilitou a sua defesa. O crime também foi qualificado por motivo fútil, tendo em vista que a ordem para que os adolescentes voltassem nadando se deu “somente pelo fato deles terem ultrapassado o tempo do aluguel”.

Ainda segundo o MP, a denúncia também registra que, mesmo “cientes de que na região a correnteza é violenta e são rotineiros os casos de afogamento”, os acusados determinaram que os garotos “voltassem nadando”, o que, para o promotor, configura dolo eventual. “Ainda que não desejassem, eles assumiram o risco de que o afogamento acontecesse”, afirmou Moinhos.

Anteriormente, a Polícia Civil havia indiciado o dono da empresa e o funcionário por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O inquérito foi remetido para o MP no dia 5 de outubro. Contudo, em nova análise, o órgão mudou a acusação. // Conteúdo G1

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