Ícones Itambeenses: Apenas Nanuca

Quem faz a história não é somente os homens e mulheres citados em destaque por historiadores em livros. A história em linhas gerais é feita pelo povo, pelo o humilde que quase nunca é lembrado por aqueles que os sucedem.
Pensando em resgatar a trajetoria dos Ícones da nossa cidade, que o Itambé Agora trará uma série de matérias abordando aspectos da vida destes personagens tidos por esta geração, como inesquecíveis.
Tentaremos colocar impressões subjetivas e objetivas nos textos, esperando que os internautas comunguem, também, com a opinião que está sendo apresentada.
Pra começar, vamos falar de Maria Felice, a Nanuca.
Nanuca imortalizou na nossa mente como uma senhora simples e humilde, que por muitas vezes costumávamos encontrar pelas ruas da cidade sem rumo, nem destino. Trajava sempre com vestidos, um lenço na cabeça que encobria os seus cabelos brancos, para completar o figurino, Nanuca amarrava recortes de pano nos braços e nas pernas.
Tinha uma afeição única, ora transmitia medo às criancinhas, ora transmitia um símbolo de mulher heroína dotada de um forte instinto materno. Instinto este que a impulsionava para defender a meninada dos perigos, ou da boa surra dos pais.
Dizem que Nanuca, morreu no auge dos seus 105 anos. Foi uma morte repentina, que pegou os itambeenses de surpresa. A velhinha se foi, padeceu eternamente. Mas cravou na lembrança deste povo uma singularidade, que faz com quer a definirmos como uma Ícone Itambeense.
Pois é, mesmo que ela quisesse seguir por mais um tempo com suas andanças. Não foi, e não é possível. A estrada da vida tem um ponto final.
Nanuca, é a primeira homenageada pelo blog. Ela não ocupou nenhum cargo politico, não foi nenhuma profissional gabaritada da área da saúde ou da educação, nada disso. Foi apenas Nanuca.