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Uma lenda genuinamente itambeense

Por Reginaldo Spínola
Quem comparecer a Praça Osório Ferraz nos dias 26, 27 e 28, poderá descobrir, desvendar, conhecer, as Lendas, os Mitos, Mistérios e Segredos que rodeiam a humanidade, na Quermesse  do Centro Educacional Gilberto Viana. Grande expectativa para mais este momento de arte, cultura e educação em nosso município.
Pesquisando mais sobre os assuntos que serão tratados no evento, encontrei um texto de autoria da Irmã Fabiana Gomes, que trata de uma certa mulher que assombrou muita gente da nossa cidade durante os anos 70. Leiam, pois este já é um passo importante para que a rica cultura imaterial do nosso povo seja preservada.
A Lenda da Mulher de Algodão 

A Lenda da mulher de algodão surgiu na década de 70 e suas primeiras aparições foram nas casas adquiridas pelas Irmãs Voluntárias de Cristo Rei, espaços que seriam usados para a ampliação do Educandário Cristo Rei. Essas casas ficaram fechadas por um longo período,  e em uma delas a mulher de algodão fazia morada. Conta-se que ela era alta, magra, cabelos longos e grisalhos e de pele muito clara. Usava pedaços de algodão no nariz e nos ouvidos, por causa da poeira acumulada nas casa em que ela costumava ficar. Vale ressaltar que aos poucos as casas foram demolidas. Na última demolição, a mulher de algodão fez a sua primeira aparição, assombrando os pedreiros que ali trabalhavam.

Ela não queria sair daquela casa velha e sombria. Por isso começou a esconder as ferramentas dos pedreiros para assustá-los e intimidá-los. Mas eles continuaram as obras sob as bençãos do Padre Polito que, ao ouvir relatos de assombração, jogou água benta em toda a área a ser construída. A mulher de algodão então passou a aparecer nas dependências do Educandário Cristo Rei, principalmente nos banheiros, local preferido dela para assustar os alunos, que muitas das vezes ao vê-la faziam suas necessidades nas calças de tanto medo.
A fama da mulher de algodão foi se espalhando, o que a projetou para outras escolas. Centro Educacional Gilberto Viana, Henrique Brito e outras, deixando os alunos do Educandário mais aliviados por não serem as únicas vítimas. A mulher de algodão assombrava os alunos durante o ano inteiro, mas em agosto suas aparições eram mais frequentes.
Ao passar dos anos, a mulher de algodão assombrou muitos alunos das cidades vizinhas, mas é claro, ela ainda permanece entre nós, em algumas das tantas casas fechadas espalhadas pela nossa cidade, no nosso imaginário.

Texto original disponível no blog www.fabianagommes.blogspot.com

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