Início Noticias “SE O DIABO INVENTOU UM INFERNO NA TERRA, ESSE INFERNO É O CRACK”

“SE O DIABO INVENTOU UM INFERNO NA TERRA, ESSE INFERNO É O CRACK”

Por Reginaldo Spínola
Considerada
a pior das drogas, pedra tem feito um número cada vez maior de vítimas. Toda
vez que um viciado em crack acende seu cachimbo assina uma nova sentença de
morte. Com o poder de escravizar às primeiras tragadas, a pedra à base de
cocaína arrasta o usuário à sarjeta em pouquíssimo tempo. A droga, que avança
como uma praga pelo território gaúcho, faz mais vítimas do que qualquer outra
porque afunda o dependente numa degradação física e psicológica que o empurra
ao crime para saciar o vício devastador.
O
crack, assim denominado porque a pedra emite pequenos estalos quando queimada,
leva fama de ser uma droga barata desde que seu consumo explodiu nas periferias
brasileiras, nos anos 1990. Mas o baixo custo da pedra, em torno de R$ 5, é uma
ilusão. Da mesma maneira que não se tem notícia de alguém que tenha
experimentado crack uma única vez, um dependente não se satisfaz com uma pedra.
Na fissura, o usuário fuma 20, 30 pedras ao dia. Para custear vício, primeiro
se desfaz do que tem, depois parte para o crime.

As
apreensões de crack se multiplicam a cada ano em todo Brasil, um indício claro
de que mais gente está consumindo e precisa de dinheiro para tal. Nos pontos de
venda,
traficantes
costumam aceitar de tudo dos viciados em desespero, de laptops a bonecas. É
comum encontrar todo tipo de material nos pontos de tráfico. Qualquer coisa
serve como moeda de troca.
O
drama que o crack leva para dentro das famílias não aparece nas estatísticas
policiais, mas é gravíssimo. Nos últimos tempos, casos de mães que acorrentam
seus filhos na tentativa de conter o vício têm aparecido com frequência na
imprensa. Entretanto, a maioria das famílias silencia, por medo ou vergonha,
enquanto dinheiro e objetos são levados de casa.
O
usuário não se penaliza com barbaridades que comete, com parentes ou
desconhecidos, porque o crack anestesia o afeto. A lotação
de instituições de reabilitação e ambulatórios de desintoxicação é uma
demonstração dessa epidemia que atinge centenas de lares ricos e pobres.
Do
total de usuários em tratamento, 35% abandonarão tudo no meio do caminho. Entre
os que concluírem o processo, 90% vão recair na pedra.  O crack provoca muitas sequelas no organismo e
é difícil conseguir algum resultado de longo prazo.
Quando
o assunto é crack, não há motivos para otimismo.
Informações: Zerohora
 PARCEIRO DO ITAMBEAGORA

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