sexuamente e engravidá-la no município de Itabuna, sul da Bahia. O caso foi
denunciado à Vara da Infância e Juventude da cidade por representantes da
escola onde a menina estuda. O homem está foragido. “Ameaçava muito. Eu
ficava com medo, chorava, mas só que eu não podia fazer nada. Era muito difícil
porque eu ia para a escola. Os meninos tudo ficava perguntando, porque eu
ficava assim desse jeito, minha barriga crescendo muito, e eu não sabia dizer o
que era.
dele”, diz a menina.
A mãe da garota, que prefere não se identificar, também está
grávida, de seis meses, e afirma que foi diagnosticada com leucemia e sífilis,
doença sexualmente transmissível. Ela diz que notou a mudança no comportamento
da filha, mas não teve coragem de denunciar o companheiro.”Quando eu
fiquei sabendo de toda a verdade ele começou a me ameaçar, ele ameaçava os meus
filhos. Dizia se eu contasse alguma coisa que me matava, matava meus dois
filhos. Então eu fiquei sem saber o que fazer, sem poder pedir ajuda pra
ninguém”, afirma a mulher. Por questões de segurança e bem estar, a jovem
está morando em um abrigo. Mãe e filha estão sendo atendidas pelo Centro de Referência
Especializado em Assistência Social (Creas). “Nós realizamos logo a
intervenção psicossocial, a psicóloga do Creas foi diretamente para o hospital
para fazer o atendimento da adolescente com a mãe. A gente também encaminhou a
mãe para o auxílio moradia, para que ela não ficasse mais dependendo financeiramente
do companheiro”, relata Alana Del Rey, assistente social. A família também
tem acompanhamento psicológico semanal.
já está acompanhando desde o momento que ela estava internada no hospital e já
vai estar entrando nesse apoio psicológico para que essa criança tenha essa
reconstrução de sua história”, observa Gerbara Dias, psicóloga
hediondo dos crimes porque ele rouba a infância de uma criança, as sequelas
serão indeléveis, para o resto da vida. É muito importante que as pessoas
denunciem, que os professores, diretores de escola, observem seus alunos.
Verifiquem comportamentos estranhos, que chamem atenção, de repente um
comportamento anormal ao aluno pode ser um pedido de socorro para uma situação
dessa, de abuso sexual”, destaca Marcos Bandeira, juiz da Vara da Infância
e Juventude. Casos como esse podem ser denunciados por telefone, pelo número 100.