fortes chuvas que atingiram o município de Lajedinho, a 446 quilômetros de
Salvador, na Chapada Diamantina, entre 22h30 e 0h de sábado (07/12) e deixou a
cidade inundada.
Os corpos de sete mulheres e um menino de 4 anos já foram
identificados até a noite deste domingo (08/12). Os outros três corpos foram
encontrados no final da tarde e no início da noite de hoje, na zona rural do
município, mas não tiveram os nomes divulgados.
informações da Defesa Civil, 70 casas foram destruídas e 90% da área comercial
da cidade foi afetada. Segundo o técnico da Defesa Civil, Paulo Sergio Menezes,
os moradores estão recebendo orientações em caso de situação de risco.
“Estamos com duas equipes para fazermos o documento para pedir ajuda e orientando
a população a construírem casas na parte alta da cidade”, disse.
e recebem alimentos e remédios. A Defesa Civil forneceu 190 cobertores para os
prejudicados. Alguns órgãos públicos como a Secretaria de Ação Social, Correios
e a Prefeitura de Lajedinho foram afetados com a água da chuva e vários
arquivos foram perdidos. A casa do prefeito da cidade também foi destruída.
“Ele ficou preso dentro de casa com a esposa e o sobrinho e tentou até
escapar pelo telhado da área de serviço. Ele só conseguiu ser resgatado pela
população depois que a chuva passou e o nível de água abaixou”, relata a
secretária de saúde do município, Graziane Sena.
Em nota, o governador Jaques Wagner (PT) disse que está
acompanhando os desdobramentos da tragédia ocorrida em Lajedinho. “Não há
nada que possa amenizar a dor pela perda de tantas vidas, porém, neste momento
de aflição, quero me solidarizar com os familiares e toda a população da
cidade. O governo coloca à disposição das vítimas os recursos possíveis para
minimizar seu sofrimento. Peço aos baianos que se mobilizem para ajudar os
moradores de Lajedinho”, disse o governador.
Segundo a professora Maiara Amorim, que trabalha na cidade
há dois anos, a parte mais baixa da cidade é a mais afetada pelas inundações.
“Algumas casas a gente só ve o alicerce. O resto a água levou tudo”,
relata.
Maiara conhecia Valéria Cruz Lima, uma das vítimas da
tragédia: “Ela era conselheira tutelar da cidade. O marido dela,
comerciante da cidade conhecido como Reginaldo, e um filho de quatro anos
morreram com a inundação. Só restou uma filha de 11 anos”, lamenta a
professora.