
Uma família de Itanhém, no sul da Bahia, afirma que um bebê
dado como morto horas após o nascimento no Hospital Maria Moreira Lisboa teria
sobrevivido. Neilson Barbosa, pai da criança, conta que a filha abriu os olhos,
a boca e mexeu as pernas quando estava sendo preparada para o velório, mas
morreu quando deu entrada novamente no hospital. A unidade de saúde confirma o
falecimento da menina desde o princípio, mas alega que as enfermeiras que
teriam constatado a morte foram suspensas por não terem aguardado a avaliação
do médico responsável.
dado como morto horas após o nascimento no Hospital Maria Moreira Lisboa teria
sobrevivido. Neilson Barbosa, pai da criança, conta que a filha abriu os olhos,
a boca e mexeu as pernas quando estava sendo preparada para o velório, mas
morreu quando deu entrada novamente no hospital. A unidade de saúde confirma o
falecimento da menina desde o princípio, mas alega que as enfermeiras que
teriam constatado a morte foram suspensas por não terem aguardado a avaliação
do médico responsável.
A família da criança conta que o fato foi presenciado por
cerca de 20 pessoas no domingo (20). “O pessoal do hospital me ligou 18h30
dizendo que a criança tinha morrido. Eu fui lá pensando que ela estava morta,
arrumei o caixão, e eles me entregaram a criança 21h30. Aí o cara da ambulância
trouxe a criança aqui para casa, que estava cheia de gente, tinha umas 20
pessoas aqui. Quando minha mãe foi vestir a roupinha na criança, a menina abriu
os olhos, mexeu as pernas, abriu a boca e colocou a língua para fora. Foi aí
que corri e levei ela para o hospital. Lá eles falaram que a menina tinha
acabado de morrer”, relata Neilson. “Eu estava perto da minha avó na hora,
estava abotoando o macacão da menina, quando a gente viu ela se mexendo. Como a
casa estava cheia, na hora o povo ficou sem acreditar, todo mundo foi olhar
para o bebê. Aí a gente pegou ela e levou diretamente para o hospital. Lá eles
disseram que ela morreu”, completa Jamile Santos Figueiredo, sobrinha de
Neilson.
cerca de 20 pessoas no domingo (20). “O pessoal do hospital me ligou 18h30
dizendo que a criança tinha morrido. Eu fui lá pensando que ela estava morta,
arrumei o caixão, e eles me entregaram a criança 21h30. Aí o cara da ambulância
trouxe a criança aqui para casa, que estava cheia de gente, tinha umas 20
pessoas aqui. Quando minha mãe foi vestir a roupinha na criança, a menina abriu
os olhos, mexeu as pernas, abriu a boca e colocou a língua para fora. Foi aí
que corri e levei ela para o hospital. Lá eles falaram que a menina tinha
acabado de morrer”, relata Neilson. “Eu estava perto da minha avó na hora,
estava abotoando o macacão da menina, quando a gente viu ela se mexendo. Como a
casa estava cheia, na hora o povo ficou sem acreditar, todo mundo foi olhar
para o bebê. Aí a gente pegou ela e levou diretamente para o hospital. Lá eles
disseram que ela morreu”, completa Jamile Santos Figueiredo, sobrinha de
Neilson.
Os parentes da menina registraram um Boletim de Ocorrência
na Delegacia de Itanhém. A polícia informou que o caso será investigado e que
na tarde desta terça-feira (22)
testemunhas serão ouvidas. “A gente viu. Não tem condições de uma
pessoa morta abrir os olhos. Fomos na delegacia registrar porque a enfermeira
liberou a criança sem passar pelo médico, sem documento. Mandou o pai pegar
para fazer o velório”, acrescenta Jamile. Oséas Moreira, diretor do
Hospital Maria Moreira Lisboa, afirma que a menina nasceu prematura, com 900
gramas e 36 centímetros, e aguardava transferência para uma Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) neonatal em uma maternidade especializada em Teixeira de Freitas,
sul do estado, mas o pedido foi negado e a recém-nascida morreu.
na Delegacia de Itanhém. A polícia informou que o caso será investigado e que
na tarde desta terça-feira (22)
testemunhas serão ouvidas. “A gente viu. Não tem condições de uma
pessoa morta abrir os olhos. Fomos na delegacia registrar porque a enfermeira
liberou a criança sem passar pelo médico, sem documento. Mandou o pai pegar
para fazer o velório”, acrescenta Jamile. Oséas Moreira, diretor do
Hospital Maria Moreira Lisboa, afirma que a menina nasceu prematura, com 900
gramas e 36 centímetros, e aguardava transferência para uma Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) neonatal em uma maternidade especializada em Teixeira de Freitas,
sul do estado, mas o pedido foi negado e a recém-nascida morreu.
O G1 tentou contato com a unidade, mas até a publicação da
matéria não obteve êxito. “Essa criança foi de uma gravidez prematura, na
qual a mulher estava com 29 semanas, quando teria que ser entre 38 e 42
semanas. Ela estava com dois fetos, sendo que um deles estava morto tinha dois
ou três dias. Essa criança nasceu no segundo parto, e por sorte nasceu
respirando, já que faltavam de 10 a 12 semanas para completar a idade correta
de nascimento. Ela também estava vivendo em um ambiente com um outro feto
morto. Aí tentamos encaminhar o caso para [hospital] Teixeira de Freitas, mas
eles não abriram vaga de UTI neonatal. Então ela ficou aqui em um berço
aquecido, tomando oxigênio, quando morreu”. A criança foi levada para
casa, mas retornou ao hospital momentos depois sob a suspeita de ter
sobrevivido. No hospital, a unidade de saúde confirmou mais uma vez que a
menina tinha morrido. O médico Levy Moreira, que atendeu a criança na segunda
vez, afirma que as enfermeiras do hospital confirmaram o óbito no primeiro
momento sem esperar avaliação do médico responsável. Elas foram suspensas e o
caso está sendo investigado.
matéria não obteve êxito. “Essa criança foi de uma gravidez prematura, na
qual a mulher estava com 29 semanas, quando teria que ser entre 38 e 42
semanas. Ela estava com dois fetos, sendo que um deles estava morto tinha dois
ou três dias. Essa criança nasceu no segundo parto, e por sorte nasceu
respirando, já que faltavam de 10 a 12 semanas para completar a idade correta
de nascimento. Ela também estava vivendo em um ambiente com um outro feto
morto. Aí tentamos encaminhar o caso para [hospital] Teixeira de Freitas, mas
eles não abriram vaga de UTI neonatal. Então ela ficou aqui em um berço
aquecido, tomando oxigênio, quando morreu”. A criança foi levada para
casa, mas retornou ao hospital momentos depois sob a suspeita de ter
sobrevivido. No hospital, a unidade de saúde confirmou mais uma vez que a
menina tinha morrido. O médico Levy Moreira, que atendeu a criança na segunda
vez, afirma que as enfermeiras do hospital confirmaram o óbito no primeiro
momento sem esperar avaliação do médico responsável. Elas foram suspensas e o
caso está sendo investigado.
O médico acredita que a criança tinha morrido na
primeira vez que foi levada ao hospital. “Os pais retornaram dizendo que a
criança estava viva. Mas eu auscultei o coração e não vi batimento, olhei o
reflexo pupilar, aquela luz que coloca no olho para ver contração, e não houve.
Acredito que, como a criança era prematura, ela abriu a boca para expulsar o
gás que acumulou quando estava tomando oxigênio. Então por isso ela fez aquele
bocejo, mas já sem vida. Ela estava cerebralmente morta”, afirma.
primeira vez que foi levada ao hospital. “Os pais retornaram dizendo que a
criança estava viva. Mas eu auscultei o coração e não vi batimento, olhei o
reflexo pupilar, aquela luz que coloca no olho para ver contração, e não houve.
Acredito que, como a criança era prematura, ela abriu a boca para expulsar o
gás que acumulou quando estava tomando oxigênio. Então por isso ela fez aquele
bocejo, mas já sem vida. Ela estava cerebralmente morta”, afirma.
Susto: A menina foi sepultada na manhã de segunda-feira
(21). Neilson Barbosa, pai da criança, afirma que todas as pessoas que estavam
na casa dele no momento do velório se assustaram ao ver o bebê se mexer. “Eu
endoidei quando vi. Até agora estou sem entender como uma criança se mexe
daquele jeito. Todo mundo tomou um susto”. “Eles falam que a criança abriu
os olhos, mas isso não houve comprovação médica. Abrir a boca pode sim
acontecer, mesmo ela já tendo morrido. É claro que, para a constatação da
morte, deveria ter aguardado a presença do médico, mas por causa pressa dos
familiares isso não ocorreu. A gente compreende que, quando está morto, está
imóvel, não mexe mais nada. Mas abrir a boca é uma coisa que acontece”,
justifica o médico Levy Moreira.´
(21). Neilson Barbosa, pai da criança, afirma que todas as pessoas que estavam
na casa dele no momento do velório se assustaram ao ver o bebê se mexer. “Eu
endoidei quando vi. Até agora estou sem entender como uma criança se mexe
daquele jeito. Todo mundo tomou um susto”. “Eles falam que a criança abriu
os olhos, mas isso não houve comprovação médica. Abrir a boca pode sim
acontecer, mesmo ela já tendo morrido. É claro que, para a constatação da
morte, deveria ter aguardado a presença do médico, mas por causa pressa dos
familiares isso não ocorreu. A gente compreende que, quando está morto, está
imóvel, não mexe mais nada. Mas abrir a boca é uma coisa que acontece”,
justifica o médico Levy Moreira.´
G1- Ba
