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Mãe recolhe papelões na rua há quase 5 anos para manter filho em curso de medicina na Bahia

Por Reginaldo Spínola
As pessoas de Conceição do Coité,
na Bahia, já estão acostumadas a ver uma mulher de 45 anos de idade e um com
ainda mais velho, recolhendo caixas de papelão de lojas e farmácias.
Mãe e tio de um estudante do
curso de medicina em uma faculdade na cidade de Aracaju, capital do Sergipe,
mantém a rotina e dizem que a luta vale à pena. Eles devem manter o trabalho
por mais um ano, até que o estudante se forme.
A mãe, Evanildes Silveira, pediu
para não revelar o nome do filho, algo que o próprio estudante não quis
divulgar. Mas, segundo o Calila Notícias, isso não se dá por vergonha do
estudante, já que ele já foi visto ajudando a mãe a catar materiais recicláveis
no período de suas férias. O motivo não foi revelado.
Evanildes contou que em 2010 o
filho havia passado no vestibular, em sua primeira tentativa, mas a falta de
recursos não permitiu que ele fosse para a universidade. O jovem quase desistiu
da ideia de ser médico, mas resolveu fazer um cursinho preparatório e conseguiu
ótima nota pelo PROUNI, ficando em terceiro lugar.
Evanildes, que trabalha como
merendeira em um colégio já está com salário atrasado em 90 dias. Ela tem
formação como técnica em contabilidade, e disse que a ideia de recolher
materiais recicláveis começou na escola, onde sobravam muitas caixas de
papelão. Quando começou a levar o material para casa, seu irmão, José Carlos da
Silveira “Carlinhos”, conseguiu compradores e assim eles iniciaram a coleta
frequente. Com o passar do tempo as pessoas na região notaram que ela fazia o
trabalho, e começaram a separar o matéria para dar à mulher.
Carlinhos, que é tio do estudante
de medicina, contou que o trabalho o fez se tornar outro homem. O homem de 59
anos de idade já sofreu dois graves acidentes no passado, e se esforça para
ajudar a recolher o material. Mesmo assim ele diz que tudo é como uma
fisioterapia, e que agora ele se sente mais útil.
O filho de Evanildes estuda na
UNIT. Faculdade Tiradentes com uma bolsa integral do PROUNI. Ele está no 10º
semestre e se mantém na faculdade graças aos esforços da mãe e do tio. Além
disso, a Prefeitura Municipal de Coité o ajuda com um valor de 300 reais
mensais dados pelo Programa de Apoio ao Estudante – PAE.

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