Seu cartão de vacina está em
dia? Esta pergunta consegue surpreender
muitas pessoas e, na maioria das vezes, a resposta é não, seguida, geralmente,
de uma expressão de culpa. Segundo o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal,
indispensável na fase adulta, despenca ao passar o calendário de imunização
infantil. “É desleixo mesmo. Tenho algumas que sei que preciso tomar, e
outras só tomei por conta minha profissão. Mas, as vacinas do meu filho estão
todas em dia”, afirma o turismólogo Maurício Andrade, 37. A autônoma Rosana de Jesus, também integra
este time. Com 27 anos, a jovem não lembra qual a última vacina que tomou, mas
supõe que tenha sido “uma da gripe”. “Para ser sincera, nem sei
por onde anda meu cartão de vacinação. Deve estar em alguma pasta guardado”.
A situação é comum entre os adultos. Mas, este esquecimento – leia-se
negligência – pode acarretar em sérios problemas. Porque, em todas as fases da
vida as pessoas estão propensas a contrair infecções por vírus e bactérias. A
necessidade de imunizar o corpo contra doenças começa bem cedo. Após o
nascimento, o bebê deve receber a dose de BCG (vacina que protege contra a
tuberculose) e hepatite B, e algumas outras ao longo do crescimento. Mas, a
medida que se chega a idade adulta, a
procura por vacinas diminui e é retomada na velhice.
“Acredito que esta seja uma questão cultural. Cuidamos dos nossos filhos,
esquecemos de nós por um tempo e quando a velhice surge trazendo doenças,
passamos a nos cuidar novamente”, avalia a infectologista e diretora do
Hospital Couto Maia, Ceuci Nunes.
dia? Esta pergunta consegue surpreender
muitas pessoas e, na maioria das vezes, a resposta é não, seguida, geralmente,
de uma expressão de culpa. Segundo o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal,
indispensável na fase adulta, despenca ao passar o calendário de imunização
infantil. “É desleixo mesmo. Tenho algumas que sei que preciso tomar, e
outras só tomei por conta minha profissão. Mas, as vacinas do meu filho estão
todas em dia”, afirma o turismólogo Maurício Andrade, 37. A autônoma Rosana de Jesus, também integra
este time. Com 27 anos, a jovem não lembra qual a última vacina que tomou, mas
supõe que tenha sido “uma da gripe”. “Para ser sincera, nem sei
por onde anda meu cartão de vacinação. Deve estar em alguma pasta guardado”.
A situação é comum entre os adultos. Mas, este esquecimento – leia-se
negligência – pode acarretar em sérios problemas. Porque, em todas as fases da
vida as pessoas estão propensas a contrair infecções por vírus e bactérias. A
necessidade de imunizar o corpo contra doenças começa bem cedo. Após o
nascimento, o bebê deve receber a dose de BCG (vacina que protege contra a
tuberculose) e hepatite B, e algumas outras ao longo do crescimento. Mas, a
medida que se chega a idade adulta, a
procura por vacinas diminui e é retomada na velhice.
“Acredito que esta seja uma questão cultural. Cuidamos dos nossos filhos,
esquecemos de nós por um tempo e quando a velhice surge trazendo doenças,
passamos a nos cuidar novamente”, avalia a infectologista e diretora do
Hospital Couto Maia, Ceuci Nunes.
Cuidados: De acordo com o
Ministério da Saúde (MS), a fase adulta compreende dos 20 aos 59 anos. Durante
este período, muitas das vacinas tomadas na infância devem ser repetidas.
Vacinas contra a hepatite B, dupla bacteriana (difteria e tétano), tríplice
viral (sarampo, caxumba, rubéola), febre amarela, influenza (gripe) e
pneumoccoco são especificamente voltadas para adultos e devem ser ministradas
de acordo com o tempo determinado pelo MS.
Há também a vacina episoste, que previne doenças da pele, como lupus. A
diarista Jutailda Souza, 48, é um exemplo a ser seguido.
Ministério da Saúde (MS), a fase adulta compreende dos 20 aos 59 anos. Durante
este período, muitas das vacinas tomadas na infância devem ser repetidas.
Vacinas contra a hepatite B, dupla bacteriana (difteria e tétano), tríplice
viral (sarampo, caxumba, rubéola), febre amarela, influenza (gripe) e
pneumoccoco são especificamente voltadas para adultos e devem ser ministradas
de acordo com o tempo determinado pelo MS.
Há também a vacina episoste, que previne doenças da pele, como lupus. A
diarista Jutailda Souza, 48, é um exemplo a ser seguido.
Com o cartão de vacina na
carteira, ela faz questão de mostrar que está tudo em dia. “Eu quero ficar
viva. Por isso, tomo todas que tiverem”, argumenta. Para a infectologista
Ceuci, as mulheres são mais atentas à questão porque costumam ir mais ao médico
do que os homens. “Pelos menos uma vez no ano as mulheres vão ao
ginecologista, que as orienta, principalmente, sobre a vacina contra HPV, isso
de uma forma ou de outra as deixam mais
informadas e estimula a buscarem as outras”, afirma a médica. A
falta de informação é um dos problemas enfrentados pela população, quando o
assunto é vacinação. Isso ocorre porque não
há campanhas voltadas para os adultos. “Temos uma cultura muito focada na
infância, e isso acarreta na ausência de campanhas para alertar a população
adulta sobre a importância de manter a vacinação em dia, e muitas pessoas
acabam passando do prazo”, lamenta Ceuci. De acordo com dados da Secretaria
Estadual de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de janeiro a junho deste ano,
apenas 217.709 mil pessoas adultas foram vacinadas em todo o estado. Apesar do
número baixo, a assessoria de comunicação da Sesab informou que as vacinas
ficam disponíveis nos postos de saúde de todos os municípios. No entanto não
soube informar se em cada posto há todas as vacinas necessárias.
carteira, ela faz questão de mostrar que está tudo em dia. “Eu quero ficar
viva. Por isso, tomo todas que tiverem”, argumenta. Para a infectologista
Ceuci, as mulheres são mais atentas à questão porque costumam ir mais ao médico
do que os homens. “Pelos menos uma vez no ano as mulheres vão ao
ginecologista, que as orienta, principalmente, sobre a vacina contra HPV, isso
de uma forma ou de outra as deixam mais
informadas e estimula a buscarem as outras”, afirma a médica. A
falta de informação é um dos problemas enfrentados pela população, quando o
assunto é vacinação. Isso ocorre porque não
há campanhas voltadas para os adultos. “Temos uma cultura muito focada na
infância, e isso acarreta na ausência de campanhas para alertar a população
adulta sobre a importância de manter a vacinação em dia, e muitas pessoas
acabam passando do prazo”, lamenta Ceuci. De acordo com dados da Secretaria
Estadual de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de janeiro a junho deste ano,
apenas 217.709 mil pessoas adultas foram vacinadas em todo o estado. Apesar do
número baixo, a assessoria de comunicação da Sesab informou que as vacinas
ficam disponíveis nos postos de saúde de todos os municípios. No entanto não
soube informar se em cada posto há todas as vacinas necessárias.