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Você corre risco de desenvolver diabetes? Faça o teste

Por Reginaldo Spínola
Se você é uma dessas pessoas que
se assusta com números, não vai gostar do que vem a seguir.
Em 2014, pelo menos 350 milhões
de pessoas viviam com diabete. Em 2012, essa doença havia causado a morte de
1,5 milhão de pessoas, número que a Organização Mundial da Saúde calcula que
aumentará em cerca de 50% nesta década.
A boa notícia é que, na grande
maioria dos casos, medidas preventivas podem ser tomadas. Isso se dá porque a
diabetes mais comum é a conhecida como tipo 2, que está associada ao peso e ao
estilo de vida. Portanto, está nas nossas mãos fazer algo para afastar a ameaça
da doença.
A diabetes tipo 2 pode começar
discretamente, com sinais não muito óbvios, mas é importante conhecer os fatores
de risco para se prevenir. Se você tem excesso de peso ou cintura muito larga,
pode evitar ou atrasar a diabetes tipo 2 mantendo uma dieta saudável e sendo
mais ativo fisicamente. Estima-se que cada quilo a mais aumente o risco da
doença em 16%. Não foi comprovado que algum método de perda de peso específico
seja mais efetivo do que os outros. Recomenda-se uma dieta rica em vegetais,
que tenha poucas calorias e muitas vitaminas e minerais, temperados com
gorduras saudáveis como azeite de oliva, acompanhados de nozes, castanhas e
peixes.
As proteínas também são
importantes. Entre as boas fontes estão carne sem gordura e não-processada,
lentilhas, iogurte grego, ovos, grãos e, novamente, as nozes, castanhas e
peixes.
E frutas: ainda que as tropicais
tenham muito açúcar, isso não quer dizer que precisam ser banidas.
Fazer exercício é essencial para
ter uma boa saúde, mas lembre-se de que atividades comuns contam: caminhar,
limpar a casa, brincar com as crianças — qualquer coisa que faça você se movimentar
ajuda a controlar seu peso e pode reduzir o nível de açúcar no sangue, pois
contribui para que o corpo use insulina mais efetivamente.
Lembrete
Com frequência se confunde sede
com fome e, por isso, é aconselhável se manter hidratado se você está comendo
bem.
A melhor bebida é a água, que não
tem calorias e não há nenhuma dúvida de que faz bem. Muitas outras bebidas têm
muito açúcar ou contêm cafeína e aditivos. Refrigerantes, bebidas energéticas e
cafés com muito leite são particularmente ruins. Considere as bebidas adoçadas
com substâncias artificiais como um luxo que você se dá às vezes, pois há
provas de que elas aumentam nosso desejo de consumir alimentos doces. Se você
não gosta de água, acrescente ingredientes como frutas cítricas, gengibre ou
hortelã. Ou tome chá de ervas. A quantidade de água que você precisa varia, mas
a urina clara é bom sinal de que você está bebendo o suficiente.
Quanto é muito?
Em nosso mundo de porções
extragrandes, é difícil saber qual o tamanho de uma porção sensata. Não apenas
o tamanho das porções cresceu nos últimos anos, mas também o dos pratos. A
fórmula é simples: pratos menores = porções menores.
É mais fácil conseguir uma porção
ideal em um prato menor, e muitos de nós enchemos os pratos sem nos importar
com seu tamanho.
Use sua mão como guia
Sua mão é um ótimo medidor para o
tamanho da porção ideal.
Uma porção de proteína deve ser
mais ou menos do tamanho da palma da sua mão; uma de cereal ou massa, do
tamanho do punho; manteiga e azeites devem caber na ponta de seu dedo.
Congele o que sobrar
Cozinhar grandes quantidades é
bom para economizar tempo, mas vira um problema se você não resiste e acaba
repetindo.
Guarde as sobras imediatamente
para deixá-las prontas para as próximas refeições. Se estiverem congeladas, e
não na geladeira, é menos provável que você belisque.
Dieta rígida e reversão
Novos estudos mostraram que os
níveis de açúcar no sangue de pessoas que sofrem de diabetes tipo 2 podem se
normalizar quando elas adotam uma dieta muito baixa em calorias durante oito
semanas.
Os investigadores selecionaram
indivíduos altamente motivados, que tinham mais possibilidade de seguir a
dieta, e os mantiveram sob rígida supervisão médica.
O estudo indica que uma perda de
peso significativa reduz a quantidade de gordura presente no fígado e no
pâncreas. Isso, por sua vez, causou um
funcionamento melhor da insulina e o retorno a níveis normais de açúcar no
sangue. Os resultados foram menos
animadores no caso de participantes que haviam tido diabetes tipo 2 durante
mais de quatro anos. Ainda que a pesquisa seja
promissora, ainda é preciso obter mais detalhes. Além disso, a perda de peso
tem que se manter para que os benefícios continuem. Isso é difícil — e muita gente
tem dificuldade em seguir dietas restritivas. Por isso, uma mudança no estilo
de vida que inclua exercícios e rotina pode ser preferível e mais fácil de
manter.
Tentar uma dieta rígida sem
assistência médica pode ser perigoso. Por isso, é importante consultar um
médico antes de começar uma dieta. (R7/BBC BrasiL)

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