O prefeito ACM Neto (DEM) defendeu, em entrevista à revista Veja, a severidade da chamada PEC 241, também conhecida como PEC do Teto. No entanto, o gestor afirmou que a medida traz preocupação, já que atinge diretamente os municípios. “Não sei se o Brasil precisará ficar 20 anos sob a égide dessa emenda, só que agora era fundamental que a PEC fosse dura como foi, apesar de trazer preocupações para as prefeituras, porque nós ainda dependemos das transferências federais, sobretudo nas áreas de saúde e educação”, disse. Questionado sobre uma possível contradição com relação à sua reeleição e seu discurso em defesa de mandato único, Neto ressaltou que a gestão pública só “engrena” depois de dois anos. “Sempre considerei quatro anos um período curto e oito anos um período longo. A gestão pública, por mais eficiência que você imprima a ela, tem seu ritmo próprio, que faz com que o governo só engrene de verdade do segundo ano em diante. Senti que nosso projeto de recuperação da cidade ainda não estava concluído”, avaliou. Para o democrata, as mudanças no financiamento de campanha, decorrentes da reforma eleitoral, trouxeram efeitos positivos, já que “no Brasil, misturou-se corrupção com financiamento de campanha”. ACM Neto acredita que, a partir de agora, é necessário pôr em pauta o financiamento público de campanha. “No máximo, a doação de pessoa física a partidos, desde que com limite. Não é razoável um sujeito rico poder doar todo o seu patrimônio à própria campanha”, completou. Quanto às eleições presidenciais de 2018, o democrata se esquivou ao ser questionado sobre uma possível parceria entre PSDB e DEM, observada nos três últimos pleitos. “O Democratas não está para o PSDB como o PCdoB está para o PT. Não somos força acessória, apêndice do PSDB. Temos afinidades e não há dúvida de que há respeito mútuo, mas isso não quer dizer que estaremos no mesmo projeto em 2018”, finalizou. (Bahia Notícias)
Apesar de gerar preocupação para municípios, PEC 241 precisava ser dura, defende ACM Neto
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