Início Bahia Mãe se revolta após ser impedida de embarcar filha deficiente física em ônibus

Mãe se revolta após ser impedida de embarcar filha deficiente física em ônibus

Por Reginaldo Spínola

itambagora  A mãe de uma cadeirante precisou discutir com o motorista de um ônibus e com alguns passageiros para ter o direito da filha respeitado na capital baiana. A mulher queria voltar para casa da praia com a filha, que tem paralisia cerebral, mas o coletivo estava cheio e até o espaço destinado à pessoas com deficiência estava ocupado por passageiros sem deficiência.

Imagens flagradas pela equipe de reportagem da Record Bahia mostram a mãe bastante nervosa pedindo para que o motorista abrisse a porta do ônibus.— O espaço meu é reservado, é reservado por lei, é lei municipal. Você tem que abrir (a porta) pra mim, para os outros não, pra mim é lei municipal. Quem não é cadeirante não tem direito, mas eu tenho direito.

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O flagrante aconteceu em um ponto de ônibus, na altura do Sesc, no bairro de Piatã. Renata Aleixo tentava entrar com a filha, que é cadeirante, em um micro-ônibus adaptado. O veículo estava cheio, tinha gente sentada nos degraus, na porta de acesso à cadeira de rodas. Indignada, a mulher queria que as pessoas abrissem espaço.

O motorista só desceu do ônibus para ligar o elevador para que as passageiras entrassem após perceber a equipe de reportagem. E, para piorar a situação, o equipamento não funcionou. Renata desabafou e afirmou que já vive com esse problema há muito tempo.— Eu já vivo isso há muito tempo, não é a primeira vez. Tenho processo contra empresa porque eles acham que a gente tem que ser excluído da sociedade. Não posso ir para uma praia, a gente não pode ir em lugar nenhum, porque eles barram a gente. Você viu naquele ônibus ali, um ‘bocado’ de gente que tem perna, que não está em cadeira de roda, mas é lei municipal, se parar a PM (Polícia Militar) aqui agora, a PM manda descer porque o direito é meu de subir ali.

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Cheia de revolta por ter o direito da filha negado, Renata desabafa:— Todo mundo quer ocupar a vaga do cadeirante, mas ninguém quer arrancar as duas pernas fora. Arranque as duas pernas fora e ande de cadeira de roda para ver se é bom. Não é! (R7)

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