Reconhecido como o principal afluente do Rio Catolé, no Médio Sudoeste do Estado, o Rio Catolezinho secou totalmente e pode levar Itapetinga, a maior cidade da região, a uma crise hídrica sem precedentes, com a colaboração irresponsável de produtores rurais da região, que captam ilegalmente as águas desses dois mananciais, para fins comerciais.
Como se não bastasse a seca que já se prolonga por seis anos, os principais rios da região, o Catolé Grande e o Catolezinho vêm sendo alvo de captações clandestina por parte de fazendeiros, que desenvolvem em suas margens projetos de agricultura irrigada que sugam o que restou das águas desses rios, comprometendo o abastecimento da cidade e até das fazendas de pecuária, onde o gado não tem mais o que beber.
Numa rápida inspeção realizada nesta terça, técnicos do SAAE de Itapetinga detectaram diversas captações de água clandestinas e barragens improvisadas, com bombas instaladas para irrigar plantações de milho e capineiras, o que agravou ainda mais a situação do Rio Catolezinho, secando totalmente o seu leito.
Sem o mínimo de consciência, esses proprietários rurais, alguns deles conhecidos comerciantes locais, estão contribuindo negativamente para agravar ainda mais o abastecimento da cidade, que pode entrar em colapso a qualquer momento.
Alguma coisa precisa ser feita com urgência pelas nossas autoridades, antes que o Catolé seque totalmente. E olha que uma barragem na cabeceiro do Catolé já está sendo anunciada pelo Governo do Estado, para abastecer Vitória da Conquista, cuja crise hídrica é bem maior que a de Itapetinga. //Por Davi Ferraz-Sudoeste Hoje