A família da garotinha Heloísa Dias Santos, de 1 ano, suspeita que erro médico ou omissão seja a causa da morte da criança, que ocorreu na noite dessa terça, 28, no pronto socorro pediátrico do hospital São Vicente, em Vitória da Conquista.
No primeiro atendimento a criança chegou a unidade com febre. Heloísa foi atendida e liberada, após ser medicada. Em casa, a garotinha não apresentou melhora e, no dia seguinte, retornou a unidade de saúde com a garganta inflamada. Mais uma vez a criança foi medicada e liberada. O quadro de saúde da criança se agravou e novamente Heloísa foi levada pelos pais ao hospital, onde ocorreram as complicações e a criança morreu.
De acordo com a família, Heloísa foi medicada por meio de inalação. Ela apresentava sintomas de vômito e desconforto. A mãe teria reclamado da medicação, mesmo assim o procedimento teria sido repetido. Momentos depois, o quadro clínico da garotinha se agravou repentinamente. A criança foi levada para realização de um exame de raio-X, só então a médica teria percebido que o coração paciente aparentava estar crescido, possivelmente em consequência de uma cardiopatia congênita. Logo depois, a criança sofreu insuficiência cardíaca e morreu.
“Minha sobrinha de apenas um aninho foi internada no hospital são Vicente, na parte de particular e lá a médica prescreveu um medicamento para a criança, que estava apenas gripada, que em seguida veio a óbito consequência de uma parada cardíaca provocada por um medicamento. Queremos justiça…não vamos descansar até que a justiça seja feita. Os culpados serão punidos”, desabafou uma tia de Heloísa nas redes sociais.
Revoltada com a morte da criança, a família desabafou no pronto socorro pediátrico e disse acreditar que o medicamento desencadeou a insuficiência cardíaca.
A Polícia Civil foi acionada e a família solicitou que fossem realizados os procedimentos legais para abertura de inquérito a fim de esclarecer tecnicamente a causa da morte da garotinha.
A criança será submetida a necrópsia e o laudo médico pericial apontará o que provocou a morte.
O Blitz esteve na unidade e tentou contato com a administração o hospital. Um funcionário informou que a direção médica não estava presente e ninguém tinha autorização para falar sobre o ocorrido.
A morte de Heloísa é mais uma entra várias registradas na cidade em que a família suspeita de erro ou omissão médica. Os pais de crianças reclamam da falta de hospitais com pronto socorro pediátrico. O São Vicente é a única unidade de saúde particular que atende crianças em casos de emergência. A segunda alternativa seria o hospital municipal Esaú Matos, porém a unidade só atende a recém-nascidos. O São Vicente também atende pelo SUS. As reclamações são as mesmas.
Sem opção, os pais que não são satisfeitos com o atendimento do São Vicente, são obrigados a levarem seus filhos. // Blitz Conquista