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Há quatro anos, padrasto estuprava enteada de 12 anos dentro de casa em Salinas

Por Reginaldo Spínola

 

Os investigadores de Salinas não dão a mínima trégua para o crime de estupro na cidade. Na manhã desta segunda (24/07) a equipe da Polícia Civil deu cumprimento ao Mandado de Prisão pela prática do crime de estupro de vulnerável em concurso material. Trata-se da operação “Stepfather”, tendo em vista que o crime consistiu na prática de conjunção carnal e outros atos libidinosos pelo padrasto com sua enteada, de apenas 12 anos.

Conforme o delegado José Eduardo Santos, responsável pelas investigações, os fatos chegaram à Delegacia de Salinas/MG através de uma parente da menina, que vinha tentando cometer suicídio desde o ano de 2015. A situação chamou a atenção da denunciante, que passou a perceber algo de errado nas atitudes da vítima. Com isso, procurou a Polícia Civil, que passou a investigar o caso.

Com o inquérito aberto, os investigadores descobriram que o padrasto, de 55 anos, abusava da enteada desde o ano de 2013, quando ela tinha apenas 08 anos. Os atos eram cometidos dentro da própria residência, localizada no bairro São Geraldo, e o pior, com a ciência e a omissão da mãe da vítima.

Após o crime ser desvendado, a prisão do estuprador foi solicitada na Justiça, mas o suspeito teve ciência da ordem judicial e estava foragido há cerca de uma semana. Diante disso, os investigadores fizeram diligências e conseguiram localizar e prender preventivamente o acusado, que estava escondido em um matagal na zona rural de Salinas. Ele foi levado para a cadeia de Salinas e está à disposição da Justiça.

“O crime se reveste de maior gravidade tendo em vista o período que decorreu e principalmente a anuência da genitora da vítima, que ciente do abuso nada fez”, destaca Dr. José Eduardo. “O suspeito sempre que atentava contra a vítima proferia ameaças. Ele falava em agressões caso ela informasse as relações sexuais para terceiros”, completa o delegado.

O autor, que não teve o nome revelado, confessou os fatos e confirmou que os atos sexuais ocorriam há cerca de quatro anos. O inquérito policial deverá ser concluído em 10 dias. A expectativa é de que o padrasto e a mãe da criança sejam indiciados pelo crime de estupro de vulnerável. “A mãe deverá responder na forma do crime comissivo por omissão”, disse o delegado, informando ainda que um amigo do estuprador o auxiliava na fuga e deverá responder pelo crime de favorecimento pessoal.

Por fim, Dr. José Eduardo lembra que as investigações de crimes sexuais são de difícil apuração, pois, geralmente, são praticados de forma velada e as vítimas ficam receosas em denunciar. // Minas Hoje

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