Maria Aparecida, de 24 anos, conhecida popularmente como Cida, moradora da Rua José Sidreira, bairro Euclides Neto, em Ipiaú, procurou a redação do GIRO para relatar um acidente ocorrido durante o parto da sua segunda filha, realizado no último dia 09 de março no Hospital Geral de Ipiaú (HGI). Conforme imagens de Raio X, a pequena Aiala Gabriele sofreu uma fratura no fêmur da perna direita. “Cheguei no hospital com fortes contrações e o médico plantonista era Dr. Bruno Araújo, ele me atendeu e passou uns soros para aliviar as contrações, mas como não deu resultado, ele pediu uma ultrassonografia e constatou que minha bebê estava toda normal, mas que o parto tinha que acontecer naquela hora porque minha placenta estava muito madura. Então ele [Dr. Bruno] fez o meu parto, e quando eu estava na sala de pós cirurgia, contou que minha filha estava com uma pequena fratura no fêmur”, relatou Maria Aparecida.
Ela conta ainda que após quatro dias da cirurgia cesariana, o HGI a encaminhou juntamente com sua filha para Feira de Santana, onde o caso seria acompanhado por um especialista. “Eu já tive duas regulações para o Hospital da Criança para que ela (bebê) ficasse internada para fazer o procedimento e colocar o osso no lugar. Chegando lá na primeira vez, a única coisa que fizeram foi um Raio X. Treze dias depois voltei, tirou o gesso, fez outro Raio X e colocou o gesso novamente, e o osso continua do mesmo jeito”, relatou a mãe da criança.
Cida disse ao GIRO que não culpa o médico pelo erro. “Eu sei que ele não fez por querer. O que eu quero agora é que seja reparado o erro e que minha filha receba o acompanhamento necessário”, desabafou. Uma nova avaliação do caso está agendado para o dia 03 de abril. Procurado pela nossa reportagem, o diretor do Hospital Geral de Ipiaú – João Henrique, informou que a unidade hospitalar tem dado o suporte necessário e que a criança está sendo acompanhada por um médico especialista. Sobre o acidente ocorrido durante o parto no HGI, o diretor disse que pode ter sido provocado pela dificuldade no parto cesário pélvico. “Esse tipo de parto é difícil e tem muitos riscos, e, infelizmente, as vezes isso pode ocorrer”, comentou João. Parto pélvico é quando o bebê permanece sentado na barriga da gestante. Assim, em vez de nascer pela cabeça, a criança nasce pelo quadril. Nossa reportagem não conseguiu contato com o médico citado pela mãe do bebê. (Giro Ipiaú)