Início Brasil Caminhoneiro morre atropelado ao tentar barrar carreta que furou fila em protesto

Caminhoneiro morre atropelado ao tentar barrar carreta que furou fila em protesto

Por Reginaldo Spínola

Um caminhoneiro que manifestava na MG-010, em Conceição do Mato Dentro, a 163 quilômetros de BH, morreu atropelado por um caminhão no final da noite dessa quinta-feira (24). Ele tentava impedir a passagem de uma carreta, mas foi atingido pelo veículo.

O caso aconteceu na altura do KM 161. Segundo a PM (Polícia Militar), Paulo Henrique Chaves Costa, de 31 anos, estava com um grupo de motoristas no local. Adeptos à greve dos caminhoneiros, eles fechavam o trecho e faziam um churrasco.

Em determinado momento, o motorista de uma carreta que estava no congestionamento conseguiu furar a fila. Durante a manobra, ele teria passado por cima de Costa sem perceber e ido embora sem prestar socorro.

Segundo a delegada Cristiane Martins Duarte Carvalhaes, responsável pelo caso, o motorista alegou que não viu o manifestante. Ele continuou viagem e só parou após perceber que era seguido por uma caminhonete.

O suspeito contou à delegada que, com medo, ficou em um galpão até a chegada de um funcionário da empresa em que ele trabalha. Durante a madrugada, ele foi até à companhia da PM e se apresentou.

O homem de 34 anos passou pelo teste do bafômetro, que deu negativo. Ele foi preso em flagrante por homicídio com dolo eventual e omissão de socorro. A investigação do caso ficou por conta da Delegacia de Diamantina. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito.

Greve dos caminhoneiros

Desde a última segunda-feira (25), caminhoneiros fazem paralisação em todo Brasil. Eles pedem a redução no preço do diesel. Várias estradas foram fechadas total ou parcialmente e, por isso, há desabastecimento de combustível e alimentos nas cidades.

Na noite dessa quinta-feira, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Eduardo Guardia (Fazenda) anunciaram um acordo com a categoria para suspender a greve. O governo se comprometeu a congelar o preço do diesel por 30 dias, mas representantes do movimento não aceitaram a proposta e os caminhões continuaram parados nesta sexta-feira (25).

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