O disparo que matou o policial civil Pedro Rodrigues do Carmo Filho, 63, saiu da sua própria arma. O suspeito Mateus Rodrigues, 20, preso no início da noite de sábado admitiu ter usado a arma do agente lotado na 29ª Delegacia (Plataforma) para cometer o crime. Disse, ainda, ter enrolado a pistola num lençol e jogado num conteiner de lixo, no bairro de Águas Claras, depois do crime na tarde deste sábado (4). A arma ainda não foi localizada pela polícia.
O policial estava num ônibus, às margens da rodovia BR-324, quando Mateus e Eliomar Cunha Dias, 22, anunciaram o assalto. Para evitar um confronto dentro do coletivo, esperou a dupla terminar a ação. Depois, seguiu os dois à pé e disparou contra Eliomar, que faleceu no Hospital do Subúrbio. Já Mateus conseguiu fugir para a mata, onde foi descoberto por Pedro. Foi quando o confronto entre os dois teve início.
Mateus conta que Pedro tentou imobilizá-lo pela camisa. O acusado, no entanto, conseguiu se desvencilhar, tomar a arma da vítima e efetuar os dois disparos.
“Dentro do mato que eu me escondi, ele foi e me viu. Aí eu parei quando ele me viu, eu parei. Aí ficou comigo, ficou comigo, segurando minha camisa. Eu fui e peguei a arma dele”, revelou.
O acusado disse que fugiu para a casa da mãe, onde embalou a arma e jogou fora. A versão é contestada pela polícia. A outra pistola, utilizada por Eliomar no assalto ao coletivo, foi apreendida. O jovem já tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas e violência doméstica.
O enterro acontecerá neste domingo (5), às 16h, no Cemitério Bosque da Paz, em Nova Brasília.
Correio