Início Bahia Prefeitura de cidade baiana tem contrato milionário em transporte, mas crianças ficam sem ônibus escolar

Prefeitura de cidade baiana tem contrato milionário em transporte, mas crianças ficam sem ônibus escolar

Por Reginaldo Spínola

 

Denúncias de pais e estudantes do município de Cairu, no Baixo Sul da Bahia, apontam que tem sido irregular o serviço de transporte escolar oferecido pela gestão do prefeito Fernando Brito (PSD). A cidade tem contrato de R$ 6 milhões com a empresa Riccio Transportes, mas na prática a população não é contemplada com a prestação da atividade, segundo denuncia o vereador Diego Meireles (MDB).

“As crianças têm ido a pé para as escolas embaixo de sol e chuva”. Ele afirma já ter concedido carona em seu veículo particular a pais e crianças que seguiam para a escola “ensopadas de chuva”.

Conforme denuncia, apenas um ônibus atende a todos os alunos da comunidade do Zimbo, em Morro de São Paulo.

Pai de dois filhos de 7 e 9 anos, estudantes do ensino fundamental, Valdemiro Cabral, relatou ao BNews que também leva filhos de vizinhos a pé por falta de transporte.

“A criança chega toda molhada ou suada igual a cuscuz. A prefeitura não fala nada […] nesse ano, se rodou ônibus, rodou dois dias. Eles ficam dizendo que os ônibus estão quebrados. Tem uma kombi que é locada pela prefeitura para pegar crianças menores da creche, mas quando a gente está no ponto ela passa e leva”, desabafa Miro, como é conhecido na região.

A prefeitura de Cairu confirmou, em nota, a existência de um contrato de prestação de serviço de transporte público com a empresa Riccio Transportes, “porém ressalta que o mesmo é anual e contempla não apenas o transporte escolar, mas sim todos os serviços municipais de transporte, incluindo os marítimos como lanchas e ambulanchas”.

“Em relação à denúncia de atraso do transporte escolar, a Secretaria Municipal de Educação confirma que houve um caso pontual em relação ao veículo que atende as crianças da Creche Escola Novo Tempo e da Escola Antônio Carlos Magalhães. O órgão recebeu as imagens e o vídeo mencionados no dia 18 de abril de 2019, quando aconteceu a intempérie. Na ocasião, não houve tempo hábil para que o prestador enviasse um veículo reserva. Desde então, nenhum imprevisto foi notado”, justificou a prefeitura.

Vídeo:

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