O estudante João Guilherme Santos da Mota, 15 anos, foi baleado na cabeça na última sexta-feira (13) no bairro de Caminho de Areia. Ele era aluno de uma escola particular, dono de lava jato e, nas horas vagas, trabalhava como entregador de comida. Mas a esperança da família de vê-lo outra vez com vida foi perdida. O adolescente, que foi atingido por dois tiros na cabeça teve morte cerebral às 16h desta segunda-feira (16), no Hospital do Subúrbio, onde estava internado.
Abatidos, familiares disseram que João Guilherme, afilhado de um coronel da Polícia Militar, foi executado por PMs da 17ª Companhia Independente (CIPM/Uruguai). Eles contaram que o adolescente foi deixado na sexta-feira no hospital pela equipe policial que estava na viatura de número 9.1710.
Os policiais alegaram que a situação foi resultado de um confronto com bandidos. A equipe era comandada pelo sargento Cláudio da Cruz Alves. No sábado (14), os parentes do adolescente estiveram na Corregedoria da Polícia Militar, onde registraram um boletim de ocorrência.
“Isso é lamentável. Agem sempre assim na Cidade Baixa. O que a gente ouve é que há muita arbitrariedade, não só dessa guarnição (9.1710) como de outras. Esse sargento Alves é muito falado pelo comportamento na Cidade Baixa. Mas todas as providências já foram tomadas. A Corregedoria da PM vai adotar providências e apurar com toda a isenção. A depender do crime, porque foi um homicídio o que fizeram com o meu afilhado, vai ter uma pena adequada. Quem pega uma pena acima de dois anos é excluído da corporação”, desabafou o coronel.
Correio