Os dias de liberdade do estudante de odontologia Paulo Henrico de Melo Santos, de 38 anos, acusado de vários crimes, entre os quais o de exercer ilegalmente a profissão de dentista em Itabuna e Vitória da Conquista, pode estar com os dias contados.
É que o Ministério Público Estadual, por meio do promotor Dioneles Leone Santana, requereu nesta sexta-feira (6) a prisão preventiva de Paulo, como forma de garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal.
Ao Verdinho, o delegado Miguel Cicerelli, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Itabuna, informou que a Justiça tem até 30 dias para emitir uma decisão. Caso a Justiça negue o pedido. o MPE vai recorrer para o Tribunal de Justiça.
“Tortura”
Segundo o delegado, Paulo fez mais de 20 vítimas. Algumas delas chegaram a ser submetidas a uma espécie de tortura durante os procedimentos o odontológicos, como é o caso de um homem que teve nove dentes extraídos de uma só vez, sendo que o problema era apenas em um dente.
Já outra pessoa atendida por Enrico denunciou que sofreu uma grave infecção após o falso dentista fazer um procedimento de implantes.
Na época em que o caso veio à tona, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão no Hospital do Dente, onde o falso dentista trabalhava.
Em Vitória da Conquista, o Conselho Regional de Odontologia (CRO) denunciou Paulo Enrico pela atuação irregular, em maio deste ano.
“Mais rico”
Henrico adorava se exibir nas redes sociais. Mesmo proibido de exercer a profissão, ele postava várias fotos dos seus procedimentos. Em seu perfil, Paulo se autointitulava doutor e oferecia serviços de implantes dentários, lentes de contato dentárias, além de aplicação de botox.
Após as denúncias, Paulo se defendeu nas redes sociais e tentou reverter a situação, alegando que estava sendo “apedrejado” porque estaria entre os melhores. “Toda vez que vocês falam de mim, eu fico mais rico”, disse ele em dois um trecho do post.