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Quais são os principais perigos em não vacinar o seu filho

Por Reginaldo Spínola

A criança é um ser humano ainda em desenvolvimento e as experiências vividas e os cuidados com a saúde nos primeiros anos de vida são fundamentais para a formação do adulto que ela será no futuro. E, para que ela cresça saudável, é muito importante preveni-la contra doenças antes que elas apareçam.

As crianças são muito frágeis. Isso ocorre porque o sistema de autodefesa delas, chamado de ‘sistema imunológico’, ainda não está totalmente desenvolvido. Por isso, elas são mais suscetíveis a doenças infecciosas como meningite meningocócica, catapora, sarampo, coqueluche e pneumonia. Como forma de proteção, é necessário sempre manter o cartão de vacinação atualizado com as vacinas e doses recomendadas”, conta Dr. Jessé Alves (CRM 71991 SP), infectologista e gerente médico de vacinas da GSK.

E quais são os principais perigos em não vacinar as crianças? As doenças imunopreveníveis são graves e podem levar a complicações sérias em crianças e em adultos também, e até levar a óbito. “Essas doenças e o sofrimento que elas causam podem ser prevenidos com vacinas. O fato de não vacinar as crianças faz com que elas fiquem desnecessariamente vulneráveis. As vacinas reduzem o risco de infecção, evitam o agravamento das doenças, internações e até mesmo óbitos, estimulando as defesas naturais do corpo, ajudando-o a desenvolver a imunidade”, afirma Dr. Jessé.

Além disso, os efeitos benéficos da vacinação contra algumas doenças não estão limitados somente às crianças e pessoas que foram imunizadas. As altas coberturas vacinais permitem, na maioria das vezes, não somente proteção individual, mas também a proteção de toda a população, reduzindo a incidência de doenças e impedindo a transmissão para pessoas suscetíveis. “Devido a alergias graves, sistemas imunológicos debilitados e outras razões, alguns bebês e crianças não podem receber determinadas vacinas. E, para ajudar a mantê-los protegidos e evitar a disseminação de doenças, é importante que as outras pessoas que estão em volta deste bebê sejam imunizadas”, alerta Dr. Jessé.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação em massa evita entre 2 a 3 milhões de mortes por ano. O Ministério da Saúde orienta a vacinação das crianças de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas recomendadas no PNI estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada para a imunização das crianças e jovens.

Meningite Meningocócica

Uma das doenças graves que pode ser prevenida por vacinação é a meningite meningocócica. Trata-se de uma infecção bacteriana das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar sequelas e até mesmo levar a óbito. Ela é causada pela bactéria Neisseria meningitidis que possui 13 sorogrupos identificados, sendo que cinco deles são os mais comuns (A, B, C, W e Y).

A vacinação é uma das melhores formas de prevenção contra a doença.10,11 Outras formas que podem ajudar na prevenção incluem evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.

Atualmente, existem vacinas para a prevenção dos 5 sorogrupos mais comuns no Brasil, as vacinas contra a meningite meningocócica causada pelo tipo B e as vacinas contra os tipos A, C, W e Y.7,8,10,11,15,16 A vacina contra os tipos A, C, W e Y, por exemplo, é recomendada nos calendários das sociedades médicas a partir dos 3 meses de idade, bem como para jovens.7,8 A vacina para a prevenção da meningite meningocócica causada pelo tipo B é recomendada a partir dos 3 meses de idade pelas sociedades médicas.

Nos postos de saúde, a vacina contra a doença causada pelo meningococo C é disponibilizada para crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 14 anos.

Importante ressaltar que a meningite meningocócica não é uma doença só de criança e cerca de 23% dos adolescentes e adultos são portadores da bactéria, podendo transmití-la para outras pessoas através da saliva e partículas respiratórias, sem necessariamente desenvolver a doença.

Por isso, a vacinação é um recurso importante para a prevenção das doenças infecciosas em crianças, adolescentes e adultos.

Informe Baiano

 

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