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Tecnologia: USP desenvolve microcomputador do tamanho de uma moeda

Por Reginaldo Spínola

A Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um microcomputador que cabe na ponta dos dedos e que vai ajudar a conectar máquinas e pessoas.

“São computadores do tamanho de um bilhete de Metrô, ou, em alguns casos, computadores do tamanho de uma moeda de dez centavos”, explicou o professor Marcelo Zuffo, do Centro Interdisciplinar de Tecnologias Interativas (CITI).

“Existe hoje um movimento mundial chamado ‘internet das coisas’, e os computadores têm que ser muito pequenos porque você vai colocar no seu brinco, no seu sapato, no botão da camisa. A gente está em um esforço muito grande de projeto de engenharia, usando o que a gente chama de microeletrônica, para que esses computadores fiquem com granularidade de pó”, continuou.

O microcomputador foi batizado de ‘pulga’. “O melhor companheiro do homem é o cachorro, e a gente acredita que o computador vai seguir a mesma linha”, disse o professor Zuffo.

Por enquanto as ‘pulgas’ não são usadas em grande escala, mas são testadas por algumas empresas parceiras da universidade. Mesmo assim, os professores da USP acreditam que logo essa tecnologia vai estar disponível para muito mais gente.

Pioneirismo

A USP é uma das pioneiras no desenvolvimento de computadores, e inventou uma das primeiras máquinas no Brasil, o “Patinho Feio”.

Na década de 1980, quando ele foi desenvolvido, havia uma espécie de disputa entre a USP e a Unicamp, que também já estava preparando um computador.

“Eles falaram que o computador que eles iam fazer se chamava ‘Cisne Branco’. Daí, a gente pegou a deixa e falou: ‘olha, a gente já tem um pronto e ele chama ‘Patinho Feio’ que um dia vai se transformar em cisne branco’. E foi assim que surgiu o nome”, contou Edith Ranzini, engenheira e professora da Poli-USP.

“É uma unidade lógica aritmética, que faz as contas e as operações lógicas. E os programas e os dados ficam armazenados em uma memória”, continuou.

Quando o ‘Patinho Feio’ ficou pronto teve solenidade com o governador na época e até bênção do bispo.

G1
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