Início Bahia Agricultoras abrem hortifrúti comunitário para escoar a produção e beneficiam alimentos para evitar desperdício

Agricultoras abrem hortifrúti comunitário para escoar a produção e beneficiam alimentos para evitar desperdício

Por Reginaldo Spínola

Na Comunidade de Várzea do Curral, município de Queimadas, no território de identidade do Sisal, oito agricultoras familiares têm feito a diferença. Para garantir o escoamento da produção dos seus quintais, gerar renda e evitar o desperdício de alimentos neste período de pandemia, elas iniciaram a venda na própria comunidade, num espaço que denominaram de Hortifrúti Prosperando.

As agricultoras são beneficiárias do Pró-Semiárido, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), mediante acordo de empréstimo entre o Governo do Estado e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).

“O Pró-Semiárido é um projeto que dá bastante força pra gente. Com a abertura do hortifrúti, a gente está entregando os nossos produtos aqui mesmo. Antes, a gente perdia muitas coisas porque não tinha onde vender. Hoje, não se perde mais. A gente pega os produtos aqui com os agricultores da comunidade, e só pega na cidade o que a gente não produz”, afirma Joelma de Jesus Santos Silva, umas das agricultoras que está à frente do hortifrúti.

Além da comercialização dos alimentos que cultivam nos quintais produtivos, elas vendem produtos beneficiados como cocadas, doce de leite e geladinhos. As variedades que não conseguem produzir, compram na cidade, para revender. E para incentivar o consumo consciente, algumas mulheres do grupo confeccionam sacolas de pano reutilizáveis, que também são comercializadas no espaço do hortifrúti. “A gente não usa sacolas plásticas e orienta as pessoas a trazerem suas sacolas. Já é um meio de não estar poluindo o meio ambiente. No hortifrúti, a gente comercializa sacolas de pano porque, se a pessoa esquecer, pode comprar”, explica Joelma.

Outra ação relevante que o grupo vem desenvolvendo é a preparação de sopas com o excedente dos legumes e verduras. O alimento é preparado para não desperdiçar os perecíveis e é distribuído gratuitamente para clientes e idosos da comunidade. A técnica em desenvolvimento social do Pró-Semiárido, Isadora Freitas, faz o acompanhamento da comunidade de Várzea do Curral e localidades vizinhas. Pra ela, esta iniciativa é uma inspiração para outras comunidades rurais.

“Três vezes por semana essas agricultoras abrem o espaço, que é coletivo, para fazer as vendas, e esse é um exemplo que pode servir para outras comunidades, como estratégia de saída para escoar a produção, ainda mais neste período de pandemia, quando está tudo incerto. Vale ressaltar que por enquanto elas estão vendendo na sua comunidade, mas têm o intuito de, quando passar a pandemia, comercializarem em outras comunidades e receberem produtos das comunidades vizinhas. Elas trabalham no sistema de delivery e atendem aos pedidos feitos nos grupos de Whatsapp, tomando todas as medidas de segurança contra a Covid-19”, salienta Isadora.

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