Início Brasil Minas cria respirador inteligente até 10 vezes mais barato; produção inicial será de até 100 unidades por dia

Minas cria respirador inteligente até 10 vezes mais barato; produção inicial será de até 100 unidades por dia

Por Reginaldo Spínola

Um protótipo de ventilador pulmonar inteligente, desenvolvido em 20 dias por uma empresa mineira, poderá auxiliar no tratamento de pacientes contaminados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). O equipamento foi enviado para o Instituto de Pesquisas e Tecnológicas (IPT) na terça-feira (5) e está sendo testado pelos criadores do aparelho. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aguarda os resultados dos ensaios para que o equipamento seja homologado nos próximos dias.

O modelo foi feito pela Tacom, voltada para soluções tecnológicas, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por meio do projeto social InspirAr. Se homologado, será distribuído à rede pública em Minas.

De fácil manuseio e com custo médio de R$ 15 mil, os ventiladores são mais baratos frente aos respiradores importados disponíveis no mercado, com valor em torno de US$ 30 mil. Além do custo, apresentam outras vantagens em relação aos equipamentos comuns, a começar por evitar o vazamento de ar contaminado. Eles também possibilitam que os profissionais de saúde se dediquem a casos mais graves, já que são controlados remotamente.

De acordo com o diretor comercial da Tacom, Marco Antônio Tonussi, o maior desafio do projeto foi “agilizar o processo de homologação do aparelho”, que, “em situação normal, dura de seis a 12 meses”. Para ele, após passar da etapa de legitimação, o objeto será certificado e estará pronto para o uso.

Depois de fabricados, os equipamentos serão doados ao governo estadual, que se encarregará da destinação aos hospitais de campanha e demais instituições hospitalares das cidades mais afetadas pela pandemia da COVID-19. A capacidade inicial de produção será de até 100 respiradores por dia e, até o final de maio, a expectativa é entregar 1 mil unidades para a rede pública de saúde.

Para desenvolver o aparelho, a Tacom teve ajuda de médicos intensivistas de uma grande rede de hospitais do estado, uma equipe de 35 engenheiros, além de desenvolvedores e programadores.

EM.com
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