A Polícia Civil de Campinas, no interior de São Paulo, investiga o caso de uma mulher de 58 anos que levou um idoso morto a uma agência bancária com o propósito de sacar o valor mensal da aposentadoria do falecido. A conclusão do laudo, divulgado nesta quinta-feira (15), indica que o homem, um escrivão de polícia aposentado, teria morrido 12 horas antes de o corpo ser levado pela mulher ao local do pretenso saque.
De acordo com a apuração do caso, no dia 2 de outubro, a mulher levou o cadáver em uma cadeira de rodas. Ao chegar à agência, tentou adiantar o atendimento, alegando que o homem, de quem declarava ser companheira há pelo menos 10 anos, estava passando mal. Por conta da declaração da mulher, testemunhas chamaram o Samu. Os guardas civis também foram acionados.
De acordo com a Polícia Civil, apesar de a causa da morte ter sido natural, a mulher será indiciada por estelionato e vilipêndio de cadáver [desprezar ou humilhar corpo].
A suspeita do tempo da morte do idoso foi levantada por um por um dos socorristas do Samu. Segundo ele “aparentava estar morto há mais tempo, devido ao estado cadavérico em que se encontrava e ao inchaço dos pés”, segundo trechos do Boletim de Ocorrência.
Segundo a polícia, no depoimento, a mulher entrou em contradição ao afirmar duas histórias sobre a última vez em que falou com o então companheiro.
Em uma delas, garantiu ter falado com o idoso, na manhã em que o levou ao banco. “Porém em outro momento, questionada pelos guardas de quando teria conversado com [o escrivão aposentado] pela última vez, afirmou que havia falado com seu companheiro na data de ontem [1º de outubro]”, afirma trecho de boletim de ocorrência.
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