Início Bahia Vitória da Conquista tem aumento de 133% de casos de estupro em 4 anos

Vitória da Conquista tem aumento de 133% de casos de estupro em 4 anos

Por Reginaldo Spínola

A cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, registrou 111 casos de estupros de janeiro a outubro deste ano. Apesar do alto número de ocorrências, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) acredita que há subnotificação dos dados deste ano por causa da pandemia.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), de 2015 a 2019, os casos de estupros subiram 133% na cidade. Levando em consideração dados do estado inteiro, Vitória da Conquista tem a maior taxa de casos por 100 mil habitantes: 17,13.

Registros de estupro em Vitória da Conquista

Ano       Ocorrências

  • 2015      63
  • 2016      92
  • 2017      112
  • 2018      118
  • 2019      147

Fonte: SSP-BA

O número é muito acima de taxas de outras cidades como Salvador (7,38) e Feira de Santana (7,15). A delegada da Deam, Gabriela Garrido, explica o motivo que leva a polícia a acreditar na subnotificação nos dados deste ano.

“Como as pessoas, em face da pandemia, elas estão mais em casa, isso gera uma subnotificação, principalmente nos casos de estupros de vulneráveis. Porque a maioria dos casos são descobertos porque se conta para um coleguinha de escola, porque a criança tem acesso ao serviço básico de saúde. E é dessa forma que os casos chegam à polícia”, disse.

A delegada disse ainda que as maiores vítimas do estupro na cidade são crianças e adolescentes, e que os abusadores podem estar dentro de casa.

“A maioria das vítimas de estupro ainda são, infelizmente, crianças e adolescentes. E são praticados por pessoas próximas”.

A psicóloga infantil Roberta Sampaio falou sobre a mudança no comportamento das crianças que são vítimas de estupro.

“A criança é ameaçada pelo agressor e o agressor tende ameaçar fazer algo contra as pessoas que ela ama. Nisso, instaura-se um silêncio. A criança pode ficar debilitada ou mais retraída. Ela pode passar a ter um baixo rendimento escolar, a ter uma mudança do padrão de comportamento”, explicou.

G1

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