A Justiça condenou a 80 anos de prisão um açougueiro acusado de estrangular e matar por asfixia a filha e a enteada em Guarulhos, Grande São Paulo, em 15 de maio de 2019. Segundo o Ministério Público (MP), o réu confessou o crime alegando que assassinou as vítimas para se vingar da esposa dele, mãe das crianças. Ele falou que a mulher teria supostamente admitido que o traía com o chefe.
Um júri popular condenou Clayton Almeida de Jesus, de 36 anos, no último 4 de agosto por duplo homicídio doloso contra a filha Priscila Beatriz Tavares Almeida, que tinha 3 anos de idade, e a enteada Edmilly Geovana Tavares, de 8.
O réu, que está preso desde o crime, teve a pena aumentada em razão de os assassinatos que cometeu ter mais três qualificadoras (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas), duas agravantes (crime contra descendente e pela prevalência de relações domésticas) e o fato das crianças serem menores de 14 anos. Apesar disso, pela lei brasileira, nenhuma pessoa pode ficar mais de 30 anos presa.
A sentença foi dada pela juíza Renata Vergara Emmerich de Souza. A acusação do açougueiro foi feita pelos promotores Rodrigo Merli Antunes e Vania Caceres Stefanoni. O G1 não conseguiu localizar a defesa de Clayton para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem. // G1.Globo