Marcelo da Silva, suspeito de ter matado a menina Beatriz Angélica, de 7 anos, teria escrito uma carta que diz ter sido pressionado a confessar o crime. A informação foi divulgada pelo novo advogado do acusado, Rafael Nunes, na terça-feira (18). A criança foi morta a facadas em 2015, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão do estado.
“Eu confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem minha morte. Preciso de ajuda. Estou com medo de morrer, quero viver. Eu não sou assassino. Quero falar com a mãe da criança. Quero a proteção de minha mãe”, diz a carta, assinada com o nome de Marcelo e com a data de segunda-feira (17).
A carta, segundo o advogado, foi escrita depois que ele assumiu o caso. Marcelo da Silva está preso no Presídio de Igarassu, no Grande Recife. No papel, o suspeito teria escrito que é inocente e que não matou Beatriz, ao contrário do que disse anteriormente à polícia.
Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), Marcelo da Silva confessou o crime para dois delegados da força-tarefa responsável pela investigação do caso, logo depois de o DNA contido na faca utilizada no assassinato da criança apontar que ele seria o assassino.
Rafael assumiu o caso depois que a advogada Niedja Mônica da Silva afirmou, no sábado (15), que o cliente chorava ao falar do caso e que quis confessar o crime para “aliviar o coração” da mãe de Beatriz, Lucinha Mota. Para o G1, Niedja Mônica da Silva preferiu não se manifestar sobre o caso. // BahiaNoticias