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Paciente que recebeu cachaça em hospital na Bahia denuncia difamação em grupos

Por Reginaldo Spínola

A paciente do Hospital Municipal de Santa Teresinha, na Bahia, que recebeu um copo com cachaça de uma enfermeira, afirma que está sendo vítima de difamação em grupos de um aplicativo de mensagens.

Segundo a lavradora Zenilda Lisboa, alguns moradores da cidade têm colocado em dúvida a versão da mulher em áudios espalhados pelas redes sociais.

“Essa menina ingere álcool demais. É bem capaz de sem maldade, ela mesmo ter levado esse álcool. Aí entrou para ser atendida, colocou lá junto da outra vasilha e aconteceu o episódio, mas Deus sabe de tudo né?”, diz um homem em um dos áudios.
“Ela bebe muito, viu? Esse negócio está um mistério. Não entendi, não. A enfermeira está lá, meu Deus do céu, só Deus na vida da mulher. Difamou a vida da mulher toda e a paciente gosta de tomar cachaça. Será que a cachaça fez mal a essa mulher mesmo?” disse outro homem.

Desde que recebeu alta médica, Zenilda revela que não teve sossego. A população da cidade, que fica a 100 quilômetros de Feira de Santana, duvida da versão da paciente e ainda está espalhando mensagens por aplicativo.

“Depois que eu saí do hospital eu só estou recebendo ofensas, ameaças, difamação, calúnias, eu não tenho mais paz e nunca mais a minha vida foi a mesma. Eu não estou conseguindo dormir, eu estou com meu emocional abalado, meus filhos estão todos com medo de ir para escola, a gente está assustado dentro de casa”, contou a lavradora.

Zenilda revelou ameaças e refoçou que as pessoas estão expondo a vida dela, sem conhecimento de qualquer situação.

“A gente fica ouvindo ameaças, estão expondo a minha imagem em grupos, relatando a minha vida pessoal, dizendo que eu sou uma pessoa que bebe, faz e acontece, porque eu passei mal diante de uma dose de cachaça dentro do hospital”, disse.

Constrangida com a situação, Zenilda pede a ajuda da Polícia Civil e do Ministério Público da Bahia (MP-BA) para responsabilizar os autores dos áudios.

“Eu estou precisando de um advogado para me ajudar, eu preciso levar isso até a delegacia, eu preciso levar isso ao Ministério Público”, desabafou. // G1Globo

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