Um reflexo social e da falta de equidade repercute, choca e parte a realidade dos internautas ao meio. Começou a circular as redes sociais, a imagem de uma criança amarrada pela calça em uma placa de ‘proibido estacionar’.
A mãe da menina precisou prender a filha, como meio de ‘segurança’ para que ela pudesse vender pipocas no semáforo, a cerca de de 2km do Congresso Nacional, próximo a uma rodoviária, no coração de Brasília.
O registro feito sob o olhar de Gustavo Moreno, da Metrópoles, chamou atenção sobre a história e realidade de pessoas que lutam pelo pão de cada dia e ainda precisam estar com seus filhos, sem ter com quem deixar.
Virada para uma parede de piso e sentada do chão, a criança de 5 anos brinca como se fosse o quadro da sala de aula, e rabisca. À Metrópoles, a mãe desabafou que elas são de Goiânia, mas precisaram ir para Brasília fazer o tratamento do rim da filha.
O marido da mulher trabalha, porém ela não consegue emprego. A criança estuda, mas quando não tem aula, precisa ir com a mãe para as ruas.
À reportagem, ela ponderou não ser sempre que leva a filha para a área central da cidade. “Só quando ela não tem aula, porque fico sem escolha”. Segundo a mãe, que não tem familiares no DF, “esse é o único jeito de terem o que comer” em casa.
“A polícia já veio aqui falar comigo e perguntar o motivo de eu colocá-la assim. Expliquei que era para ela não ser atropelada e para ninguém pegá-la de mim. Dessa forma, consigo vê-la e correr para ajudá-la”, revelou.
“Eles entenderam. Viram que a minha filha é bem cuidada. Estou aqui batalhando por ela. Para que a dificuldade que estamos passando não piore. Não tenho ninguém para deixar a minha filha, o meu marido trabalha também”, completa.