Um ladrão se arrependeu e devolveu o que havia sido levado, incluindo uma arma, após descobrir que a casa invadida era de um delegado. A ação ocorrida no sábado (10/12) também contou com a ajuda de comparsas e aconteceu no Bairro Anchieta, em Belo Horizonte/MG, onde mora o policial João Reis. O ladrão arrependido ainda deixou um bilhete com pedido de desculpas.
“Estou devolvendo tudo que foi levado, não quero problemas. Se soubesse que era casa de polícia, não teria entrado. Me desculpa. Sou sujeito homem, por isso, estou devolvendo”, diz o bilhete escrito à mão, deixado no jardim da casa, junto com todos os objetos que haviam sido levados dias antes.
O delegado João Reis esclareceu 40 sequestros, um deles, o único que terminou com morte da vítima, da menina Miriam Brandão, que tinha apenas cinco anos, em 1992, o que faz o delegado chorar até hoje.
O roubo aconteceu no sábado (10/12). O delegado estava fora de Belo Horizonte, tratando de uma doença. Na casa, mora seu filho, o investigador da Delegacia de Roubo de Cargas/Depatri, João Reis Filho, o “Joãozinho”.
Na manhã de segunda-feira (12/12), tudo o que havia sido roubado, inclusive um revólver, foi encontrado no jardim da casa, junto com o bilhete do bandido arrependido.
Imediatamente após o roubo, Joãozinho e policiais da PUMA (Patrulha Metropolitana Unificada de Apoio), iniciaram as investigações e conseguiram, no mesmo dia, identificar e prender um dos autores. Eram três, sendo que dois ainda estão foragidos.
Trata-se de Bruno Leonardo de Paula, que ao ser preso confessou o crime e se mostrava bastante arrependido. “Agora vou ficar preso”, comentou no instante em que entrava no camburão, segundo contam policiais que participaram da investigação e prisão.
O delegado João Reis se mostra orgulhoso do desfecho da história. “Fico ainda mais feliz por que é meu filho, Joãozinho, que além de investigador, está fazendo o curso para delegado. Isso mostra a essência do policial mineiro. Ele e a equipe da PUMA estão de parabéns.” O ladrão preso é tornozellado e estava cumprindo pena em sua residência, de onde nunca deveria ter saído.
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