O trabalho de Kabu, Baruk, Kira, Brunna e Surah, no Pelotão de Ações com Cães (POC) do 8⁰ Batalhão da Polícia Militar (BPM/Porto Seguro), há um ano e quatro meses, ajudou a dar um prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões ao tráfico de drogas na região de Porto Seguro.
O faro apurado dos policiais caninos ajudou a descobrir pontos e esconderijos onde criminosos escondiam os entorpecentes.
Neste período, os cães participaram de ações que tiraram de circulação cerca de 105 quilos de drogas – sendo 90 kg de maconha, 10 kg de cocaína e 4,5 kg de crack – além de 585 comprimidos de ecstasy e 105 gramas de drogas sintéticas.
Vinte e duas armas de fogo, dentre elas um fuzil calibre 5,56, apreendido por alunos do IV Curso de Condutores de Cães no dia 29 de março, em Porto Seguro, que estava enterrado, também foram achadas através do odor dos materiais.
Criação do Canil
A ideia de implantar um canil setorial para a unidade surgiu através do comandante da unidade, tenente-coronel Alexandre Costa. Assim como fez na 33ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Valença), o oficial decidiu investir nesse tipo de atuação.
“Trazer esse trabalho para uma área de grande extensão como a de Porto é uma vantagem enorme, pois ajuda e dá um tempo/resposta ainda maior para as ações ostensivas. A nossa unidade é a única no estado que possui, atualmente, um policial canino ativo no patrulhamento por dia”, disse.
Dos cinco cachorros, três são da raça Pastor Belga Malinois – especialistas em farejar o odor de armas, drogas e munições – e dois Bloodhounds (Cão de São Humberto), responsáveis por encontrar pessoas desaparecidas.
Caso emblemático
Além da localização do armamento de grosso calibre, os cachorros participaram de ações que chamaram a atenção de todo o país, a exemplo da localização do italiano Paolo Razelli, que passou quatro dias desaparecido no distrito de Trancoso, em maio de 2022.
Ele foi encontrado pelas equipes bastante desidratado, desorientado e assustado após a coleta de dados com amigos e família. No intuito de juntar pistas, os policiais seguiram os passos do italiano, com ajuda do faro de Surah e Brunna, após cheirarem palmilhas de sapato, camisas e o celular do homem.
“Seguiremos investindo nos cães e colhendo os excelentes resultados”, finalizou o tenente-coronel.