Um vizinho foi preso após confessar ter matado a menina Aisha Vitória Santos da Silva, de 8 anos, nesta terça-feira (23), no bairro de Pernambués, em Salvador. O corpo da vítima foi encontrado em cima de sacos com materiais de construção, que ficavam na rua em que ela morava.
Segundo a família de Aisha Vitória Santos da Silva, a menina estava desaparecida desde as 17h de segunda-feira (22). O homem foi identificado como Joseilton Souza da Silva, de 43 anos, que conforme apuração da TV Bahia, tem ligação com o tráfico de drogas da região.
A reportagem da TV Bahia apurou ainda que a perícia apontou que a vítima foi abusada sexualmente.
O corpo de Aisha Vitória foi encontrado por um morador, por volta das 4h desta terça, a cerca de 30 metros da casa onde ela morava com os pais e quatro irmãos, na Travessa São Jorge.
O corpo da vítima tinha marcas roxas nas pernas, costas, estava deitado de barriga para baixo e com a mão direita para trás.
Após a confissão homem, outros vizinhos de Aisha Vitória tentaram linchá-lo. Para evitar que o suspeito fosse agredido, policiais militares chegaram a dar tiros para cima, na tentativa de dispersá-los.
O suspeito, que morava em uma casa alugada há cerca de três meses, foi levado pela Polícia Militar por volta das 11h45, para o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), aos gritos de “assassino” e “vai morrer”.
A boneca que Aisha Vitória brincava antes de desaparecer foi encontrada atrás da geladeira, na casa do suspeito. As sandálias da menina estavam no telhado do imóvel.
Uma vizinha relatou que o homem ofereceu, na semana passada, R$ 50 para a filha dela, mas o dinheiro foi devolvido quando ela descobriu.
O corpo da menina foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) por volta das 6h30. Pouco antes das 10h, a comunidade recebeu reforço policial e o irmão mais velho de Aisha Vitória, que tem 16 anos, foi levado por policiais em uma viatura, na com anhia do pai. A polícia não detalhou o motivo do garoto ter sido levado para a delegacia.
A família da menina contou que chegou a procurar a delegacia para registrar o desaparecimento, mas foi orientada a voltar na unidade após 24 horas. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda posicionamento sobre a situação.
O suspeito será interrogado no DHPP. Os laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) vão auxiliar no esclarecimento da causa da morte.