Dados divulgados nesta quarta-feira (4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicaram que a Bahia tinha quase metade da população abaixo da linha da pobreza, de acordo com análise feita em 2023. O estado registrou 46% da população nesta situação, o que corresponde a 6,9 milhões de pessoas, ocupando a segunda posição no ranking, ficando atrás apenas de São Paulo, conforme análise feita pelo G1.
Embora o Brasil não tenha um limite oficial para definir a linha da pobreza, o IBGE considera que uma pessoa pertence a esse grupo se a sua renda domiciliar per capita mensal for inferior a R$ 667. O Banco Mundial, por sua vez, adota um critério baseado no valor diário de US$ 6,85, ajustado ao poder de compra.
Em relação a 2022, houve uma redução no número de pessoas abaixo da linha da pobreza, que caiu de 7,5 milhões para 6,9 milhões. Contudo, proporcionalmente, o estado ficou em sétimo lugar, subindo uma posição em comparação ao ano anterior.
Extrema Pobreza na Bahia
No geral, o índice de extrema pobreza teve uma queda de 26% em 2023, mas a Bahia manteve a maior quantidade absoluta de pessoas em situação de extrema pobreza, com 1,3 milhão de pessoas, ou 8,8% da população.
Em Salvador, 34,4% da população vivia em situação de extrema pobreza, o que representa uma diminuição de 69 mil pessoas em relação ao ano anterior. No entanto, a cidade subiu uma posição no ranking, passando do terceiro para o segundo lugar em termos absolutos.
Em termos absolutos, Salvador foi de oitavo para o quinto lugar no ranking das cidades mais pobres do Brasil, atrás apenas de Rio Branco (AC), com 43,5%; Recife (PE), com 37,2%; Fortaleza (CE), com 36,2%; e São Luís (MA), com 34,6%.
Apesar disso, Salvador teve uma redução significativa de 185 mil pessoas em extrema pobreza, uma diminuição de 42,9% em relação ao ano anterior.
Regiões mais afetadas na Bahia
Em 2023, as regiões do Vale do Rio São Francisco e do Oeste da Bahia apresentaram os maiores índices de pobreza e extrema pobreza.