Início Acidente Prefeitura de Jequié exonera servidora por suposto envolvimento em esquema de fraudes licitatórios que movimentou 1,4 bilhão

Prefeitura de Jequié exonera servidora por suposto envolvimento em esquema de fraudes licitatórios que movimentou 1,4 bilhão

Por Reginaldo Spínola

Uma servidora da Prefeitura de Jequié foi exonerada da Secretaria de Infraestrutura por supostos envolvimento em um esquema criminoso de fraudes licitatórias e desvio de recursos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). A servidora poderá apresentar defesa.

A Prefeitura também está apurando as responsabilidades e os danos ao erário público após a Justiça determinar a prisão preventiva de 17 pessoas envolvidas no esquema criminoso.

Os desvios e fraudes foram descobertos pela Operação Overclean, que apura um extenso esquema de corrupção e lavagem de dinheiro por meio de contratos com o DNOCS. O esquema teria movimentado cerca de 1,4 bilhão.

A organização criminosa seria liderada pelos irmãos e empresários Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente, pelo empresário conhecido como “Rei do Lixo”, José Marcos de Moura, e pelo ex-Coordenador Estadual do DNOCS na Bahia, Lucas Maciel Lobão Vieira. O grupo estaria tentando destruir provas e obstruir as investigações.

Segundo a Polícia Federal, foram expedidos 17 mandados de prisão preventiva (duas pessoas estão foragidas), além de 43 mandados de busca e apreensão e ordens de sequestro de bens, na Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

A PF informou que foi determinado o sequestro de R$ 162.379.373,30, referentes ao valor obtido pela organização criminosa por meio dos crimes investigados, três aeronaves, imóveis de alto padrão (casas, lotes e apartamentos), três barcos e dezenas veículos de luxo. Também foi ordenado o afastamento de oito servidores públicos.

As investigações, que contaram com cooperação policial internacional por intermédio da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (HSI), apontam que a organização criminosa teria desviado recursos públicos federais, originalmente destinados a emendas parlamentares e convênios, para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.

O desvio ocorria por meio de contratos superfaturados firmados com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro.

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