
Uma família acusa o Hospital Municipal Esaú Matos de negligência após um bebê morrer na unidade. Os pais da criança dizem que os profissionais de saúde demoraram para fazer uma cesariana, e, com isso, a mãe teria ficado em trabalho de parto quase dois dias.
“A gente passa por todo um processo. São nove meses. E chega no final e a gente não tem a criança nos braços”, disse Andressa Amaral, mãe da criança.
A mulher deu entrada na unidade de saúde no dia 20 de março. O pequeno Jonh Henrique nasceu no dia 22, mas foi diretamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e morreu no mesmo dia. O atestado de óbito do bebê ponta quatro causas para o falecimento – todas relacionadas ao atraso do nascimento da criança:
- choque séptico;
- hemorragia pulmonar;
- hipertensão pulmonar;
- e síndrome de aspiração de mecônio
Segundo especialistas, a síndrome de aspiração de mecônio é uma condição que ocorre quando o recém-nascido inala o mecônio, uma substância espessa e pegajosa semelhante a fezes, antes ou durante o parto. A situação acontece quando o bebê fica estressado antes do nascimento e defeca no líquido amniótico, podendo provocar os outros três problemas que afetaram a criança.
“Acompanhei toda a gestação, estava tudo certo, tudo perfeito, só esperando a hora dele nascer, mas, infelizmente, a negligência aconteceu, por deixar ela, sabendo que não tinha condições de ter o parto normal, insistindo na indução, mesmo com a gente pedindo para que fosse Cesária. Quando foram ver, já fazia mais de 36h que ela estava tentando e não conseguia passagem. Quando eles foram decidir já tinha mais de 40h”, contou Aparecido da Silva, pai do menino.
