O adolescente Miguel Oliveira, de 15 anos, conhecido nas redes sociais como “pastor mirim”, não poderá mais realizar pregações em igrejas nem utilizar suas redes sociais para esse fim. A decisão teria sido definida após uma reunião entre o Conselho Tutelar, os pais do jovem — Erica e Marcelo — e o pastor Marcinho Silva, presidente da Assembleia de Deus Avivamento Profético, denominação à qual Miguel é vinculado.
A medida, que tem validade por tempo indeterminado, levou ao cancelamento de todos os compromissos agendados por Miguel. Além da suspensão das atividades religiosas, o adolescente também deverá retornar às aulas presenciais, deixando de estudar no formato de ensino à distância.
Segundo o portal Assembleianos de Valor, o afastamento foi motivado pela série de polêmicas que o jovem vem acumulando nas redes sociais. Um dos episódios mais criticados envolveu um vídeo em que ele aparece rasgando exames médicos de uma mulher, aos prantos, enquanto diz: “Eu rasgo o câncer, eu filtro o seu sangue e eu curo a leucemia”.
A repercussão negativa fez com que os pais de Miguel demonstrassem preocupação com a segurança do filho. De acordo com informações da coluna de Paulo Cappelli, os responsáveis acionaram o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e prestaram queixas à polícia após receberem ameaças. A Promotoria da Infância e da Juventude acompanha o caso com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Em nota à imprensa, a assessoria de Miguel informou que a família não pretende mais expô-lo publicamente. “Ele é menor, e os pais não querem mais falar com nenhuma mídia. As ameaças estão absurdas. Já foram à delegacia, e nada acontece. Então, eles acharam melhor não responder e não aparecer mais”, afirmou uma representante.
