Início Bahia Estudantes do Sudoeste baiano criam pomada caseira para tratar feridas em gado

Estudantes do Sudoeste baiano criam pomada caseira para tratar feridas em gado

Por Reginaldo Spínola

Alunos de um colégio de Ibiassucê, no Sertão Produtivo, Sudoeste baiano, desenvolveram uma pomada medicinal à base de plantas como alternativa caseira e de baixo custo para o tratamento de feridas em bovinos e equinos. O produto, batizado de Pomak Gel, foi criado pelos colegas Policarpo Costa e Maykon Brito, com orientação do professor Janilton Almeida, que estudam no Colégio Estadual Antônio Figueiredo.

Segundo a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a iniciativa surgiu a partir da observação de problemas recorrentes na pecuária local, como lesões provocadas pelo contato com a planta tóxica aveloz, usada como cerca viva, e a requeima, enfermidade associada à sensibilidade à luz solar.

Ambas as condições impactam a saúde dos animais e geram prejuízos aos criadores da região. A pomada é composta por três ingredientes naturais amplamente conhecidos na medicina popular: babosa, jurema preta e angico. Os componentes apresentam propriedades anti-inflamatórias, fotoprotetoras e cicatrizantes.

“Os resultados da pesquisa mostraram a aceleração da cicatrização das feridas nos equinos tratados e regeneração da pele de forma eficiente”, afirmou o professor Janilton. O Pomak Gel é produzido em três etapas: extração dos compostos das plantas, manipulação dos ingredientes e formulação do gel. Segundo os criadores, a proposta também valoriza o conhecimento tradicional passado entre gerações.

“Quando resolvemos pesquisar e fundamentar o gel tópico, percebi que esse conhecimento já estava há gerações na minha família”, relatou o estudante Policarpo Costa.

Além da eficácia, o custo reduzido é um dos principais diferenciais do produto. Enquanto pomadas veterinárias similares no mercado custam entre R$ 0,90 e R$ 2,80 por grama, o Pomak Gel tem custo estimado de R$ 0,07 por grama, conforme análise do professor.

A produção artesanal, com orientação adequada, pode tornar o produto acessível aos pecuaristas do semiárido. Ainda segundo informações, a pomada está em processo de patenteamento e foi finalista da Feira Brasileira de Iniciação Científica, realizada em Santa Catarina em 2023, com apoio da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC).

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