Cerca de setenta e seis casos suspeitos de reinfecção pelo novo coronavírus (Covid-19) são investigados na Bahia, conforme informações do médico que trabalha na vigilância epidemiológica, Antônio Bandeira.
Os especialistas destacaram que as infecções são causadas pelo mesmo vírus, porém, com assinatura genética diferente, Dessa maneira, o corpo não tem como se defender.
“Ninguém hoje duvida que existe a reinfecção. A reinfecção existe sim, a reinfecção está provada na literatura através dos inúmeros casos que já foram publicados e aqui no Brasil recentemente”, afirmou Bandeira em entrevista ao G1.
Ao longo da semana passada, mais especificamente no dia 10 dezembro, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de reinfecção pela doença no Brasil. Na ocasião, o órgão destacou que o paciente reinfectado trata-se de uma mulher, profissional da área da saúde, de 37 anos, que reside em Natal e trabalha no Rio Grande do Norte e na Paraíba.
Para confirmar o diagnóstico de reinfecção, os especialistas avaliam alguns critérios específicos, a exemplo do intervalo mínimo de 90 dias entre a primeira e a possível segunda infecção, além dos resultados positivos do PCR (exame que identifica o vírus), nos dois momentos.
“Então a grande pergunta que a gente tem hoje é quanto tempo dura essa resposta de defesa do indivíduo. A gente espera, acredita que essa resposta tenha uma duração longa, mas em alguns casos isso não parece acontecer. O que a gente sabe é que quem tem sintomas mais leves pode montar uma resposta de defesa menos intensa e ser mais suscetível a reinfecção. Isso é uma possibilidade baseado no que a gente tem visto de relatos”, explicou uma das pesquisadores, Viviane Boaventura.
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