
O motorista por aplicativo suspeito de sequestrar e roubar mulheres em bairros de classe média alta em Salvador extorquiu mais de R$ 40 mil das vítimas. Pelo menos cinco mulheres foram sequestradas pelo homem entre os meses de setembro e outubro deste ano. O modus operandi do suspeito era o mesmo com todas elas. Ele é procurado pela polícia.
Quatro casos foram registrados, sendo em que um deles, duas passageiras que estavam no carro foram sequestradas. Os crimes ocorreram nos bairros do Costa Azul, Tancredo Neves, Pituba e Paralela.
De acordo com a delegada Maritta Souza, da 16ª Delegacia do bairro da Pituba, a plataforma informou que o homem já foi excluído do sistema e não atua mais como motorista por aplicativo da empresa. Ele foi identificado como Jonatas dos Reis Oliveira.
Os crimes estão sendo investigados como roubo com restrição de liberdade, conhecido popularmente como sequestro relâmpago. O crime pode acarretar entre 6 a 12 anos de prisão.
O suspeito usou o mesmo carro, um ônix branco, com todas as vítimas. Além disso, segundo a delegada Maritta Souza, nos primeiros casos ele usou o seu próprio nome no cadastro como motorista por aplicativo na plataforma da empresa.
O modus operandi foi o mesmo nos quatro casos: As vítimas pediam o carro por aplicativo e esperavam no local indicado; Pouco tempo após as mulheres entrarem no carro, o suspeito cancelava a corrida; O suspeito anunciava o sequestro e mostrava uma arma de fogo; Ele ameaçava as vítimas, as obrigava a transferir quantias via pix e roubava outros itens, como celulares e acessórios; Após os roubos, as vítimas eram deixadas em um trecho da BR-324.
Ainda conforme informado pela delegada, o suspeito falava para as vítimas que precisava do dinheiro para pagar uma dívida e ameaçava leva-las para Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador.
Além disso, Jonatas já tem passagem pela polícia por roubo, mas a delegada não informou detalhes sobre essa prisão anterior.
O carro usado nos crimes, um ônix branco, foi emprestado por outro motorista por aplicativo, que está em um grupo do qual o suspeito faz parte.
