Grazielly da Silva Barbosa, dona da clínica estética Ame-se, de Goiânia, foi presa nesta quarta-feira (03/07) pela Polícia Civil de Goiás sob suspeita de crimes contra as relações de consumo. A prisão aconteceu após a morte de uma influenciadora digital, de 33 anos, que fez um procedimento estético com a investigada para aumentar os glúteos, com aplicação de PMMA.
A modelo brasiliense Aline Maria Ferreira, de 33 anos, estava internada desde o sábado (29/06) em um hospital particular de Brasília, depois de passar pelo procedimento estético no dia 23 de junho. O marido dela contou que a cirurgia foi rápida e depois eles voltaram para Brasília e Aline estava bem.
No procedimento, Aline passou por aplicação 30ml de PMMA em cada glúteo. A própria dona da clínica fez a aplicação, informou o marido. Um dia depois, contudo, a influencer começou a ter febre. O marido procurou a clínica e recebeu a orientação de que era um sintoma normal e ela devia tomar um medicamento para baixar a febre. Na quarta (26), ainda com febre, Aline começou a ter também dor de barriga. Um dia depois, ela desmaiou.
O marido socorreu Aline até o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde ela ficou por um dia, antes de ser transferida para uma unidade particular, onde acabou morrendo. A dona da clínica chegou a visitar Aline no Hran, mas negou ter aplicar PMMA em Aline e disse que foi aplicado “um bio estimulador”. Depois, por telefone disse que ela poderia ter se infectado com um lençol de casa. O marido nega essa possibilidade, pois diz que o produto não ficou inflamado, não houve secreção e a esposa estava de bruços o tempo todo.
Conforme a Lei 8.137, são considerados crimes de relação de consumo fraudar preços; induzir o consumidor a erro sobre a natureza e a qualidade do bem ou serviço, vender mercadoria com descrição ou composição em desacordo com as prescrições legais, entre outros.