O Mundial de Clubes 2025 teve a participação de quatro clubes brasileiros, mas a eliminação do Fluminense na semifinal encerrou a presença nacional no torneio. Os clubes brasileiros acumularam um total de US$ 155,09 milhões (R$ 845,67 milhões) em premiações, que agora enfrentam a tributação nos Estados Unidos e no Brasil.
O Fluminense foi o clube que mais faturou, com US$ 60,84 milhões (R$ 331,66 milhões), seguido pelo Palmeiras, que arrecadou US$ 39,84 milhões (R$ 217,18 milhões) após ser eliminado nas quartas de final. Botafogo e Flamengo, que caíram nas oitavas, somaram US$ 27,71 milhões (R$ 151,06 milhões) e US$ 26,71 milhões (R$ 145,60 milhões), respectivamente.
Tributação em Debate
A Fifa está em negociações com o governo dos Estados Unidos sobre a tributação das premiações. A isenção fiscal, comum em competições como a Copa do Mundo de seleções, não será aplicada neste caso. Alguns pagamentos foram realizados antes do início do torneio para evitar tributos, mas cada clube enfrenta um processo tributário individual.
Os advogados Marília da Silva Cavagni e Bruno Faccin, do escritório CPPV LAW, explicam que a tributação nos EUA pode variar entre federal e estadual. Uma alternativa considerada foi abrir uma empresa no exterior, mas essa opção foi descartada. A adesão ao regime de Renda Efetivamente Conectada (ECI) implica uma alíquota de 30% sobre os ganhos.
Impostos no Brasil
Além da tributação americana, os clubes brasileiros também serão submetidos ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) de 15%. Existe a possibilidade de compensação dos tributos pagos no exterior, desde que haja comprovação contábil. A situação tributária dos clubes se torna complexa, refletindo as dificuldades enfrentadas por eles em um cenário de crescente desigualdade financeira no futebol sul-americano.
