
Um homem foi condenado a 68 anos de prisão por matar Alcione Malheiros Teixeira Ribeiro e a filha dela, Ana Julia Teixeira Fernandes. Elas foram encontradas sem vida em um riacho, em dezembro de 2021, na zona rural da cidade de Guanambi, no sudoeste da Bahia.
O julgamento de Marco Aurélio da Silva aconteceu na quinta-feira (24), no Fórum Juiz Almir Edson Lélis Lima, na mesma cidade em que o crime ocorreu.
Segundo apuração da TV Sudoeste, afiliada da TV Bahia na região, a defesa de Marco Aurélio não vai recorrer da decisão judicial. Ele foi condenado a 68 anos, 8 meses e 40 dias de reclusão, além de multa no valor de um terço do salário mínimo.
Confira abaixo a descrição da pena:
- 30 em relação a cada homicídio;
- um ano e dois meses por ocultação de cadáver;
- seis anos e quatro meses pelo estupro de Alcione Malheiros.
Relembre o crime
Alcione Malheiros e Ana Julia Teixeira foram encontradas mortas em Guanambi — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Alcione Malheiros e Ana Julia Teixeira foram encontradas mortas em Guanambi — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Alcione Malheiros, de 42 anos, e Ana Julia Teixeira, 16, foram encontradas mortas em um riacho, na BR-030, na zona rural de Guanambi, no dia 12 de dezembro de 2021.
A mulher era técnica de enfermagem e trabalhava no Hospital Geral de Guanambi. Ela deixou o marido e um filho de 21 anos. Já a adolescente era estudante de uma escola estadual.
Conforme apuração da TV Sudoeste, mãe e filha foram encontradas com marcas de pedradas. Testemunhas informaram que as vítimas faziam uma caminhada pela região e podem ter sido atacadas nesse momento.
Na época do crime, Rhudson Barcelos, delegado responsável pela investigação, informou que as vítimas foram assassinadas com um tijolo que Marco Aurélio encontrou dentro da mata.
O homem foi preso no dia seguinte, após uma operação conjunta das polícias Civil e Militar. Ele foi encontrado em uma residência, acompanhando do filho, um adolescente de 16 anos, no bairro Ipanema, em Guanambi.
Após cometer o crime, Marco Aurélio teria deixado a moto no local. De acordo com a Polícia Civil, inicialmente, ele negou ser o dono do veículo. Em seguida, o homem admitiu que seria o responsável, mas disse que a moto teria sido roubada e ele teria deixado de registrar a ocorrência na delegacia por estar chovendo naquele dia. Para a polícia, ele tentava criar um álibi.
Diante da inconsistência das afirmações, o homem foi conduzido, juntamente com o filho, até a delegacia. No local, Marco Aurélio negou a autoria do crime, porém, com as evidências de marcas de arranhões causadas — segundo a polícia, pela fuga dele no matagal — e em decorrência das inconsistências na sua defesa, ele confessou o duplo homicídio.
