À polícia, o homem disse que “ouviu vozes” antes de cometer o crime, que aconteceu na cidade de Dores do Rio Preto, no extremo Sul do Espírito Santo.
A criança chegou a ser levada para o Pronto Socorro Municipal de Guaçuí, mas não resistiu aos ferimentos.
A polícia disse que militares foram ao pronto socorro após um chamado da equipe médica, que suspeitou da agressão por causa de hematomas no corpo da criança.
O pai Adeildo Souza da Silva, de 26 anos, foi encaminhado para a delegacia de Alegre, que fica a 47 km de Dores do Rio Preto. Ele vai ser transferido para o Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim, que fica a 106 km da cidade onde aconteceu a morte.
Na Delegacia de Alegre, durante a madrugada, o pai assumiu as agressões ao menino, atribuindo o motivo do crime às vozes. Ele foi autuado por homicídio duplamente qualificado, quando o crime é por motivo fútil e tem impossibilidade de defesa da vítima.
O corpo do menino foi levado para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim. Ainda não há informações sobre o enterro da criança e participação da mãe no caso.
Ainda no pronto socorro, a mãe disse a polícia que o menino estava se queixando de dores desde o domingo (12) e disse que não sabia explicar os hematomas.
Após o aparecimento de novos hematomas na manhã de quarta-feira, a família ainda esteve em um Centro Espírita e pediu orações para a criança.
Sem a melhora do menino, por volta das 14 h, a mãe Luane Monique de Moura Silva, de 29 anos, chamou uma ambulância para levá-lo ao pronto socorro.
Confissão dos pais
Os pais e duas pessoas que tiveram contato com a criança no Centro Espírita foram levados para a delegacia de Alegre. O Centro foi último lugar, antes do pronto socorro, em que a criança esteve com vida.
De acordo com informações do delegado Carlos Victor, a mãe confessou que a criança tinha sido agredida pelo pai no domingo e na quarta-feira. Ela relatou que não denunciou o caso porque tinha sido ameaçada. O pai afirmou que mataria ela e o filho.
Confrontado com a relato da mãe, o pai assumiu as agressões e disse que escutou as “vozes” para que agredisse a criança.
Luane foi presa e vai responder pelos mesmos crimes do marido.